A nível europeu, Portugal ocupa o quinto lugar no ranking de países com
mais polícias em termos relativos, contudo entre 20% a 30% dos elementos estão
atrás de secretárias e longe das operações, de acordo com o ‘Jornal de
Notícias’ (JN).Segundo a publicação, que analisou os dados do Pordata, no final
de 2018 Portugal contava com mais de 450 polícias por cada cem mil habitantes,
um valor que foi registado uma tendência crescente ao longo dos anos, sobretudo
quando comparado com 1996, quando havia 434 polícias por cem mil habitantes). Os
valores fazem com que o nosso país está em quinto lugar na União Europeia (UE),
num ranking que tem como líder o Chipre, com 566 polícias por cem mil
habitantes e que culmina com a Finlândia, na última posição, registando 139
elementos.
O presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e
Terrorismo, António Nunes, considera que «estes números podem ser enganadores.
Quando há polícias a entregar notificações, a trabalhar em oficinas e a emitir
contraordenações, não se pode fazer uma comparação direta», afirma citado pelo
JN. Segundo o responsável, Portugal até «teria um número suficiente» de
polícias, desde que todos «desempenhassem uma função policial», algo que não se
verifica, levando António Nunes a defender que «o modelo atual tem de ser
repensado».
«Outros países já o fizeram, mas Portugal anda há dez anos a decidir se
dever ter uma, duas ou mais polícias», afirma ao mesmo jornal. «Muitas vezes,
andamos a fazer de carteiros e a entregar notificações (Executive Digest)
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