domingo, julho 28, 2024

Nota: a Venezuela e a hipocrisia dos "policias" eleitorais europeus

Obviamente que ninguém defende o ditador Maduro nem o regime fascista e totalitário de bandalhos e corruptos que ele lidera e que se instalaram em Caracas, enchendo todos os dias a pança com as riquezas de um  dos países que devia ser, em termos sociais e de distribuição dos rendimentos, um dos exemplos para todo o mundo, tal a dimensão das riquezas naturais que possui. Obviamente que ninguém acredita num processo eleitoral sério, livre e democraticamente isento de manipulações, quando é a máfia de gatunos no poder que o organiza. Mas a palhaçada que os europeus protagonizam, com aquele ar pindérico de superioridade da trampa, ao estilo de um certo colonialismo totó e saudosista, irrita-me. O que é que os europeus julgam que são para entrarem, pela Venezuela dentro, convidados por uma das facções da disputa eleitoral e política venezuelana, ela própria cheia de rabos de palha e infestada de corruptos amansados ou convertidos? Afinal os europeus iam para Caracas armados em fiscalizadores de um processo eleitoral, ao serviço de uma das partes em confronto, eleições uma vez mais rodeadas de polémica e expectativa, como se na Europa os processos eleitorais hoje fossem dignificantes, livres e isentos de manipulação, tudo em nome da democracia. Aquelas descaradas negociatas depois das eleições europeias de distribuição dos tachos em Bruxelas é realmente um  altamente "dignificante" para estes candidatos frustrados as "policias" eleitorais na Venezuela a pedido da senhora Corina e seus pares Veja-se como se comporta a Comissão Europeia quando persegue e ameaça países europeus cujas lideranças não alinham pelo politicamente correcto da maioria. Uma Bruxelas que andou anos a ignorar um dos países mais corruptos da Europa, preocupando-se apenas com ele quando foi invadido em 2022 e apenas porque foram a Rússia e Putin os protagonistas dessa página negra da nossa história colectiva. Uma Rússia de Putin, outro ditador, muito apoiada e aplaudido pelo ditador venezuelano Maduro. Está tudo dito.

Que tal os europeus se deixarem de moralismos ridículos, de autoridades éticas facilmente derretidas ou de patéticas manias das grandezas e abandonarem a prosápia e a fobia própria de "policias" eleitorais idiotas, que desembarcam, quais novos Pedro Alvares Cabral, em continentes distantes e países tantas vezes "esquecidos" por Bruxelas - porque se tratam de estados e povos fora das prioridades mafiosas de um lobbing europeu chique, porque legalizado, que gere os tentáculos da corrupção, do compadrio e da manipulação na Europa, quando e como quer, tudo de forma...legal?!

Mais do que as histórias em torno de viagens promovidas por encomenda por grupos que querem chegar ao poder a qualquer custo, a Europa e as suas instituições devem preocupar-se, no seu dia-a-dia, com povos e países, como a Venezuela, que não sofrem apenas de 4/5 em 4/5 anos só porque se realizam eleições. Sofrem todos os dias, os efeitos de uma ditadura e de uma corja de bandalhos corruptos. Lembram-se da Venezuela nos tempos do COPEI e da AD em que mamavam todos mas havia um acordo de rotatividade para que todos enchessem a pança? Foi por isso que o chavismo chegou em força ao poder e domina há muitos anos a Venezuela, mas que por culpa da corrupção falhou na sua vertente social, perdendo o apoio de milhões de pessoas que permitiram a chegada ao poder de Hugo Chávez. Já se esqueceram disso?

E por falar da Europa e destas patéticas marionetes de interesses venezuelanos pouco claros, lembram-se do que andaram os EUA e a Europa a fazer, em 2022, logo depois da invasão russa na Ucrânia, quando perceberam que o petróleo e o gás natural iam escassear por conta das sanções impostas a Moscovo? Não se viraram eles para a Venezuela de Maduro, não existiram negociações secretas com o regime de Maduro? Não foram noticiadas até alívios das sanções impostas ao regime totalitário de Maduro? Esqueceram-se disso tudo, assim, de repente? Sejam sérios e tenham juízo. Defendam e lembrem-se da Venezuela e dos venezuelanos todos os dias do ano, sobretudo fora de períodos eleitorais. A corrupção existe há anos, os pobres multiplicam-se há anos, os venezuelanos que abandonaram o país  fazem-no há anos, apesar de muitos estarem agora a regressar, os rendimentos são distribuídos de forma desequilibrada há décadas, os hospitais funcionam mal, não há praticamente acesso à saúde, a privação social e a pobreza atingem milhões de pessoas e famílias, mas Bruxelas pouco ou nada faz contra isso porque só querem ir a Caracas em excursões propagandísticas em tempos eleitorais?!

E já agora, comecem a preocupar-se seriamente com a África do Sul porque, francamente, começo a recear pelo caminho que o país está a seguir. E finalmente um alerta: a Europa não é apenas a guerra nem os milhares de milhões de euros desviados para a guerra, sem a preocupação de antes combaterem de forma exemplar as redes de mafiosos corruptos e os bandalhos que ali sempre existirem e que não foram travados pela guerra. Aliás fazem negócios com ela... (LFM)

sábado, julho 27, 2024

“A Arte da Guerra”: “É bom que a comunidade internacional esteja atenta às eleições na Venezuela”

O regime de Nicolás (a cair de) Maduro vai a votos nas presidenciais, mas ninguém parece acreditar que venham a ser verdadeiramente democráticas. Veja a análise do embaixador Francisco Seixas da Costa.

El plan de Gobierno de Edmundo González Urrutia en Venezuela: apertura de mercado y liberar presos políticos

Edmundo González armará su plan electoral con dos ideas importantes, el programa que había trazado María Corina Machado en su documento Venezuela, tierra de gracia y el Plan País. El candidato opositor aún no termina sus propuestas para los que podrían ser sus próximos años de mandato en Venezuela, pero basa sus ideas en “lograr la libertad, la democracia y la prosperidad”. Con base en estos dos documentos, Edmundo planea trazar su propio documento titulado Lineamientos de políticas públicas para un programa de gobierno de unidad nacional. De resultar ganador en la contienda electoral, Edmundo González tomará posesión el 10 de enero de 2025 y de acuerdo con lo que ha dicho en diversas entrevistas, como la que tuvo con CNN, una de sus acciones inmediatas será liberar a los presos políticos. A continuación puede revisar lo que ha dicho el candidato de la oposición en los temas más relevantes para Venezuela.

Seguridad

La oposición asegura que en su administración no habrá fuerzas armadas politizadas.

Guyana por el Esequibo

González Urrutia buscará aplicar el Acuerdo de Ginebra de 1966, con una solución negociada.

Salud

La propuesta es mejorar el sistema de atención primaria de salud. Aunque Edmundo González no ha dado más detalles, en el plan de gobierno de María Corina Machado se habla de la creación de un Sistema de salud integral por aseguramiento privado y público que permitirá otorgar cobertura universal de salud y dar calidad en el servicio a los pacientes

El plan de Gobierno de Nicolás Maduro: el presidente de Venezuela busca la continuidad del oficialismo

El domingo, Nicolás Maduro aparecerá nuevamente en las papeletas electorales con la intención de afianzar la continuidad del chavismo al reelegirse para otro sexenio como presidente de Venezuela, cargo que asumió en 2013 cuando fue designado sucesor de Hugo Chávez. La candidatura del mandatario ha estado marcada por denuncias de represión por parte de la oposición, además de diversos llamados de la comunidad internacional para que se asegure una contienda pacífica y se acaten los resultados del Consejo Nacional Electoral (CNE). En enero, Maduro presentó su plan de gobierno denominado “Las Siete Transformaciones”, el cual está conformado por diversos objetivos que se alinean con los valores del oficialismo y el socialismo bolivariano, el modelo que rige las políticas de su gobierno. Entre las propuestas clave se prioriza la soberanía nacional en materia de recursos naturales, ciencia, tecnología, e ingresos. Así como la ampliación de las fuerzas armadas y la defensa de la Guayana Esequiba. A continuación puede revisar los puntos que promueve Nicolás Maduro.

Seguridad

Maduro se ha comprometido a garantizar la justicia y derechos humanos. En sus propuestas electorales también se ha abordado la “ampliación y consolidación del poderío militar”.

Conflicto con Guyana por el Esequibo

Su prioridad es dar continuidad a la defensa y desarrollo de la Guayana Esequiba, un asunto que su gobierno desempolvó a finales de 2023, y que ha causado tensiones entre las dos naciones.

¿Habrá fraude? ¿Debo creer en las encuestas? ¿Qué pasará con los migrantes? Respuesta a estas y otras dudas sobre el futuro de Venezuela





Venezuela se aproxima a la fecha electoral en medio de un mar de dudas, incertidumbre y una convicción: las elecciones presidenciales se perciben como la mejor ruta para iniciar la resolución de un conflicto, no armado, que ha expulsado a más de ocho millones de personas del país y ha sometido a su población a sufrir una emergencia humanitaria compleja.

¿Cuáles son las preguntas existenciales de este proceso?

El panorama está tan viscoso que analistas y comentaristas creen ver señales en cada gesto. Las dudas y expectativas van cambiando, minuto a minuto. Sin embargo, una cuestión que está vigente es si de ganar la oposición, como sugieren la mayoría de las encuestas creíbles, el Gobierno de Maduro reconocería ese triunfo. En contraste, también está en el aire si la oposición admitiría una eventual victoria del oficialismo; del lado del Gobierno insisten en que tienen números que así se lo auguran.

Que a días de la elección este sea el panorama puede ser una buena señal. Hace año y medio, con la debacle del llamado gobierno interino y el posterior exilio de Juan Guaidó, había un consenso en distintos sectores de que la elección de 2024 sería solo un trámite y que la permanencia de Nicolás Maduro en el poder estaba garantizada hasta 2030.

“En contextos autoritarios y poco competitivos, como es el caso de Venezuela, la expectativa sería que el Gobierno gane. O dicho de otra forma: las expectativas a priori por las condiciones no competitivas, en el contexto autoritario se anticiparía sí o sí una victoria de la coalición autoritaria. Sin embargo, lo que estamos viendo en Venezuela hoy en día, la palabra que está más presente es incertidumbre. Esta es una característica del juego en democracia, cuando los resultados no están cantados. Me parece que es una de las situaciones más interesantes en este momento porque no sabemos qué es lo que pueda ocurrir. Se abre la posibilidad de una victoria opositora, tomando en cuenta la tendencia de las encuestas más creíbles del país”, afirma Maryhem Jiménez, doctora en Ciencia Política, estudiosa de los sistemas autoritarios y los movimientos de oposición.

Los que se marcharán de Venezuela si gana otra vez el chavismo: “Empezaré a vender mis cosas”



Hace años que los planes de migración de los venezolanos están marcados por los ciclos electorales. Tras 25 años de chavismo, se han vuelto parte de la conversación cotidiana cada vez que se acerca una fecha electoral, como la de este domingo. Se escucha en la calle constantemente, pero no es solo una sensación o un pálpito: diversos sondeos señalan que alrededor de un cuarto de la población —entre un 18% y un 22%— tiene planes de irse del país este año. De ese grupo, la mayoría condiciona su decisión al resultado electoral: afirman que se irán si el presidente Nicolás Maduro resulta elegido para un tercer periodo.

María Auxiliadora Fernández, de 55 años, cuenta que ha pensado que, si esta vez no se logra el cambio de Gobierno, seguirá los pasos de su hermana hacia España, de donde son ciudadanas. “Muchas personas piensan irse si en esta oportunidad no se logra el cambio”, asegura la diseñadora gráfica, integrada a la campaña de Edmundo González como testigo. “Si bien el 28 puede haber un desenlace en el que ellos digan que ganaron, eso puede cambiar. Hay muchas cosas que se le van a hacer muy difíciles a Maduro si hace eso y todo puede pasar. Yo no me iría inmediatamente, pero sí comenzaría a vender las cosas que tengo y poner todo en orden para irme”, añade.

Engilberth Jiménez cree incluso que si gana la oposición la situación no mejorará lo suficiente en el corto plazo. “Para que este país cambie, se reestructure todo lo que hay desvalorizado, no estamos hablando de meses, sino de al menos un año”, dice. Ha decidido irse a Estados Unidos, a donde ya se han ido unos amigos. Los peligros de cruzar la peligrosa selva del Darién le parecen un sacrificio necesario por la recompensa de tener mejores oportunidades. Tiene 26 años, trabaja por su cuenta como comerciante y, por teléfono desde Barquisimeto, en el centro occidente del país, dice que no puede postergar más sus metas. “Acá puedo tener empleo y hacer ingresos, pero se vive al día. Las cosas a las que uno aspira no se pueden lograr en poco tiempo”.

Venezuela: Dirigente 'chavista' garante que oposição "nunca" irá governar

O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, disse que a principal coligação opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), "nunca" irá governar o país, quando faltam dois dias para as eleições presidenciais. Depois de acusar a oposição de fomentar o voto fraudulento, garantiu que "isso nunca irá acontecer, tal como nunca irá governar este país", garantindo mesmo: "Tenham a certeza que é assim". As declarações de cabelo foram feitas em conferência de imprensa, quando apresentou observadores estrangeiros do próximo ato eleitoral.

Assegurou ainda na ocasião, transmitida pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), que "a direita ameaça" e diz que "vai ficar nos centros eleitorais" no dia das eleições, o que, disse, também o 'chavismo' vai fazer. "Nós também, em todos [os centros eleitorais]; não em 10, vamos ficar em todos e o nosso povo vai ficar lá, para verificar, acompanhar os votantes, acompanhar as contagens e ficar nas ruas, par assegurar a paz em todo o território nacional", disse Cabello. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela instalou hoje as mesas de voto que vão ser usadas nas eleições presidenciais de domingo. Além do presidente Nicolás Maduro, há mais nove candidatos, entre os quais o da maior coligação da oposição, Edmundo González Urrutia (Lusa)

Venezuela: La trayectoria de María Corina Machado, del nicho de la política tradicional a la movilización de masas



María Corina Machado fue durante muchos años la adversaria perfecta para la revolución bolivariana de Hugo Chávez. Hija de un importante empresario metalúrgico, el expresidente venezolano la ubicaba como su antítesis: “Una burguesita de fina estampa”, un instrumento del imperialismo estadounidense. Y ella, por su parte, no renegaba de su oposición frontal al “régimen” que, decía, llevaría a Venezuela a convertirse en Cuba. Tenía seguidores fieles, pero no iban más allá del nicho de la élite tradicional. Dos décadas más tarde, la política conservadora se ha convertido en la líder opositora que le quita el sueño al presidente Nicolás Maduro. Más moderada y conciliadora, es una movilizadora de masas que amenaza con acabar con 25 años de chavismo.

Si no fuera por una inhabilitación de la Contraloría General —de línea oficialista— y confirmada por el Tribunal Supremo en enero, Machado estaría en la papeleta de las elecciones presidenciales de este domingo. En octubre de 2023, había arrasado con un 92,5% de los votos en las primarias de la oposición. Su exclusión de los comicios, en su mejor momento, fue un duro golpe personal y político. No obstante, contra todo pronóstico, ha logrado traspasar sus votos a Edmundo González Urrutia, un diplomático desconocido hasta hace unos meses. Juntos, han recorrido Venezuela y afirman estar seguros de que serán victoriosos. Luego de tantas derrotas, ella asegura que nunca antes tuvieron tanto apoyo antes de una elección. Él, en tanto, reconoce el liderazgo de Machado y le promete “el cargo que desee” en su eventual Gobierno.

Paris 2024: 4 horas de abertura!


 

O lado oculto dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Patris 2024: chama olímpica

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Amnistia denuncia violações de Direitos Humanos na Venezuela

A quatro dias das eleições presidenciais na Venezuela, a Amnistia Internacional denuncia graves violações dos Direitos Humanos. O relatório aponta para uma escalada da repressão do Governo, com dezenas de detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados e tortura sobre quem pensa de forma diferente. Nicolás Maduro já advertiu para um "banho de sangue" no país, caso perca as eleições. As sondagens indicam uma vitória da oposição liderada por Edmundo González. E a comunidade internacional parece afastar-se: o Governo brasileiro cancelou o envio de observadores.

Terminou a campanha eleitoral na Venezuela

Milhares de pessoas encheram as ruas de Caracas no apoio aos candidatos. As eleições realizam-se no próximo domingo e as sondagens apontam para uma vitória de Edmundo González. Nicolás Maduro, que já ameaçou com um "banho de sangue", se perder as eleições, tenta agora amedrontar os eleitores.

Receitas de alguns estádios desportivos dos EUA e por Liga

fonte: Visual Capitalist

Os 10 portos mais movimentados do mundo, por tráfego de carga

Fonte: Visual Capitalist

Divisão Religiosa entre o Norte e o Sul da África

Fonte: Visual Capitalist

sexta-feira, julho 26, 2024

Eurodeputados do PPE observadores das eleições barrados à entrada na Venezuela

Os eurodeputados da delegação do Partido Popular Europeu, da qual faz parte o português Sebastião Bugalho, foram impedidos de entrar na Venezuela, como observadores das eleições de domingo. O presidente Nicólas Maduro vetou a entrada dos observadores da União Europeia para acompanhar o escrutínio. Além de Sebastião Bugalho, a comitiva impedida de entrar na Venezuela era composta pelo recém-eleito vice-presidente do Parlamento Europeu, Esteban González Pons, e pelo eurodeputado Gabriel Mato. Todos estão, nesta altura, a regressar, de avião, para Madrid.

Esta missão de observação deslocou-se à Venezuela a convite da líder da oposição democrática, Maria Corina Machado. Num pequeno vídeo, recebido pela RTP, Pons explicou que os eurodeputados se deslocaram à Venezuela a convite da oposição mas foram barrados. O vice-presidente do PE afirmou-se convicto "com temor fundado, de que vai haver um golpe de Estado", se as eleições presidenciais de domingo confirmarem as sondagens, que dão a vitória à oposição. Já dentro do avião no regresso a Madrid, outra deputada apelou os venezuelanos a continuarem a resistir e a irem votarem massivamente pela democracia que querem e merecem. O presidente do PP, de Espanha, Alberto Núñez Feijóo, denunciou na sua conta na rede social X que esta delegação ficou retida no aeroporto de Caracas, depois de ter sido impedida de entrar no país.

Opinião: A Venezuela e o dilema da JSD nacional

 

1 - A Venezuela vai domingo para eleições presidenciais, uma vez mais num processo eleitoral de duvidosa liberdade democrática e marcado agora pela chantagem e pela ameaça de "banho de sangue" por parte dos chavistas (?), caso Maduro perca nas urnas, como todas as sondagens apontam. Até Lula da Silva se mostrou preocupado com esta postura do ditador venezuelano que mostra a todos, se dúvidas existissem, que não está disposto a largar o poder pela via democrática. Pelo contrário, o "colombiano" da Venezuela provavelmente só será derrubado, bem como a máfia que o rodeia, o suporta e que se apoderou do poder e das milionárias riquezas da Venezuela, por via de um golpe de estado, bem ao estilo da América Latina. Algo impensável nos tempos mais próximos porque Maduro e a sua côrte fascista, tomaram a primeira e mais importante medida: compraram as hierarquias militares corruptas, sem excepção.

A sensação com que eu fico é a de que, apesar de alguns ténues sinais de abertura do regime, sobretudo quando Caracas e Maduro, a reboque do conflito na Ucrânia, tentaram junto dos EUA e da Europa reocupar um lugar que já foi do país no passado anterior aos extremismos revolucionários que caracterizam aquele regime totalitário, agora tudo parece querer voltar ao "normal", a  "normalidade" própria das ditaduras e da intolerância, sobretudo quando estamos a falar de pessoas agarradas ao poder.

Não acredito que seja ainda desta vez que a Venezuela vai reencontrar os caminhos da democracia, da liberdade, da tolerância, da justiça social e do desenvolvimento, porque os níveis de corrupção, política, económica, financeira e empresarial, são tão grandes e com tantos tentáculos, que não são umas meras eleições presidenciais que resolverão os problemas. Longe disso.

2 – Dizem, e concordo, que não devemos misturar questões pessoais com a política, que misturar matérias do foro familiar com a actividade política é impróprio, etc. Nem sempre é assim, nem sempre pode ser assim. De facto, há que separar política da vida privada dos seus protagonistas, mas há momentos dolorosos que exigem respostas adequadas e a coragem de assumir erros, por muito incómodos que sejam, como é o caso. Os políticos têm responsabilidades públicas acrescidas, têm mais visibilidade e espaço mediático, estão sujeitos ao escrutínio dos cidadãos mesmo quando não existem eleições. Não precisamos de ter políticos "santos", porque todos eles são humanos como nós, mas precisamos de ter, isso sim, políticos sérios e que pugnem pelo exemplo, desde logo a começar pelo seu próprio espaço pessoal e familiar. O que se passa com o actual, líder da JSD nacional, eleito há pouco tempo para o cargo, é exemplo disso mesmo, da fragilidade a que são votados os políticos quando deixam de ser exemplo e perdem, pela ocorrência de situações que os envolvam, a legitimidade, a respeitabilidade e a credibilidade para falarem, seja do que for e muito menos para se dirigirem aos jovens a quem tantas vezes tantos lhes pedem exemplos de vida, de virtude e de atitude cívica.

O que foi noticiado, e não desmentido, pelo contrário, é de tal modo intolerável dramático e impactante, em termos sociais e mediáticos, que o jovem líder nacional da JSD, por mais que negue ter conhecimento do que se passava com o seu avô e com um seu tio, ninguém acredita nele, ninguém pode acreditar nele. O seu vice já se demitiu e reclama novas eleições e uma espécie de "depuração" ética e cívica da organização, que me parece não ter mais condições - até ao cabal esclarecimento de tudo e à tomada das decisões que devem ser tomadas e não adiadas ou atiradas para debaixo do tapete - para consolidar o seu prestígio e a sua enorme importância na vida política nacional (LFM, texto publicado no Tribuna da Madeira de 26.7.2024)

Venezuela: a população está “farta” do regime de Maduro e nas ruas sente-se o “ar de mudança”

Milhões de venezuelanos que vivem fora do país estão impedidos de votar, mas ainda assim há muita esperança de que a oposição tenha sucesso. Caso Nicolás Maduro vença as eleições, receia-se que muitos venezuelanos decidiam emigrar e que outros que queriam regressar ao país não o façam. O próximo domingo, 28 de julho, vai ser decisivo para a Venezuela. As eleições presidenciais vão definir a permanência de Nicolás Maduro no poder, enquanto a oposição venezuelana, que se uniu e formou a Plataforma Unitária Democrática, tem uma oportunidade de vencer as eleições, segundo várias sondagens. As tensões aumentam nesta campanha eleitoral e há uma enorme expectativa para conhecer o resultado de domingo.

“Há um ar de mudança e de esperança”, diz Andreina Pereira, luso-venezuelana a viver na Madeira desde 2016. Os seus pais imigraram para a Venezuela entre as décadas de 1960 e de 1970 e Andreina acabou por nascer no país, onde se formou em contabilidade e iniciou o percurso profissional. Viveu no país até aos 26 anos, quando a crise a obrigou a regressar às origens, mas a maioria da sua família permanece na Venezuela por não quer abandonar negócios ou propriedades.

A luso-venezuelana tem assistido com nervosismo à campanha eleitoral. “Já vimos isso nas várias eleições passadas, há sempre situações mais difíceis especialmente nas cidades grandes em que há sempre conflito no dia das eleições”, explica. A ansiedade de Andreina é, ainda assim, substituída por alguma certeza de que, se o atual Presidente perder, a sua saída será democrática e não pela força.

Venezuela: drones, filmes e domínio na TV e redes. A omnipresença de Maduro que ameaça com banho de sangue se perder

Drones usam luzes para desenhar o rosto de Nicolás Maduro no céu noturno de Maracaibo, a antiga capital petrolífera da Venezuela, castigada pelo racionamento de eletricidade, durante um dos eventos de campanha do presidente na corrida para as eleições de 28 de julho. A imagem do governante comunista é omnipresente: aparece na televisão, no rádio, em outdoors, murais, portagens, ambulâncias, propaganda no YouTube e inúmeros vídeos em plataformas como o TikTok. A figura, usual na paisagem quotidiana da Venezuela, multiplicou-se por todo o lado à procura de um terceiro mandato que o projetaria para 18 anos no poder.

“Há uma saturação que permite que ele sobreviva na mente das pessoas, sobretudo por se gabar de ser o herdeiro” de Chávez, disse à AFP León Hernández, membro do Instituto de Pesquisa em Informação e Comunicação da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB). “Chávez continua a assombrar o imaginário coletivo". Maduro "vende-se" como um líder falante, mas forte. Dança num jipe das Forças Armadas numa parada de um comício. “Estou a ativar o botão”, diz ele num evento em Caracas, onde transfere crédito para pequenas empresas. Uma mulher começa a saltar quando recebe uma mensagem no seu telemóvel confirmando a transação.

Portugueses trabalham 39 anos até à reforma, mais do que os romenos e italianos

Segundo os dados divulgados pelo Eurostat, em 2023, o tempo médio de vida ativa em Portugal subiu para 39,1 anos, quase um ano a mais em relação à média de 2022, quando os portugueses trabalhavam, em média, 38,3 anos até se aposentarem. Estes valores colocam Portugal em 7.º lugar entre os 27 Estados-membros onde mais anos se trabalha (em 2022 ocupava a 8.º posição). Além disso, a carreira média em Portugal dura mais de dois anos do que a média da UE, que se cifrou nos 36,9 anos. Em Portugal trabalha-se mais anos do que em países como Roménia e Itália, onde o número médio de anos de trabalho não supera os 33 anos, ou até mesmo Croácia, Grécia, Bulgária e Bélgica, onde a vida ativa não vai além dos 35 anos. Em sentido contrário, trabalha-se menos em Portugal do que em países como Irlanda, Estónia e Noruega, onde um profissional tem de trabalhar mais de 40 anos até se reformar. A duração média da vida ativa a nível nacional aproxima-se mais da registada na Alemanha e na Finlândia, indica o Eurostat.

Mas os dados diferem quando se analisa por sexo. Segundo o Eurostat, para os homens, a duração prevista da vida ativa é, em média, de 39 anos na UE, com as durações mais longas registadas nos Países Baixos (45,7 anos), na Suécia (44,1 anos), na Dinamarca e na Irlanda (ambas com 42,8 anos), e as mais curtas na Croácia (35,4), na Bulgária e na Roménia (ambas com 35,6 anos). Para as mulheres, a duração média da vida ativa na UE é de 34,7 anos, com as durações mais longas registadas na Suécia (41,9 anos), seguida dos Países Baixos e da Estónia (ambos com 41,5 anos), e as mais curtas na Itália (28,3 anos), Roménia (28,5 anos) e Grécia (30,6 anos). Em Portugal, os homens trabalham 40,1 e as mulheres 38,2 anos (Eco Online, texto da jornalista Jéssica Sousa)

Venezuela: 25% da população abandonou o país. Amnistia Internacional denuncia escala de repressão

Antes das eleições presidenciais previstas para este domingo, a Amnistia Internacional denunciou a escalada de repressão que definiu o período eleitoral e lançou um alerta sobre a situação no país nas próximas semanas. A este respeito, Ana Piquer, diretora da Amnistia Internacional para as Américas, relembra que “a Venezuela atravessou um dos períodos mais deploráveis da história dos direitos humanos do país nos últimos anos”. “As autoridades que detêm o poder do Estado, pelo menos desde 2014 até à atualidade, cometeram sérias e maciças violações dos direitos humanos, entre as quais possíveis crimes contra a humanidade. Além disso, conduziram o país a uma complexa emergência humanitária que levou mais de 25% da população a abandonar a Venezuela, deixando para trás as suas casas e famílias. Este contexto de repressão, de necessidade e de procura por uma vida digna define e afeta as eleições presidenciais que se aproximam”, alerta Ana Piquer.

“Os meses que antecederam estas eleições foram marcados por ataques incessantes ao espaço cívico, dezenas de detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura, represálias contra comerciantes e prestadores de serviços e medidas administrativas arbitrárias e abusivas. Perante o contexto de discursos intimidatórios, censura e perseguição, exigimos que as autoridades garantam e respeitem inquestionavelmente os direitos de todas as pessoas na Venezuela durante e após este 28 de julho”, reforçou a diretora da Amnistia Internacional para as Américas.

quinta-feira, julho 25, 2024

Cartel nos testes Covid e análises clínicas vale multa de 48,6 milhões da Concorrência

Cinco laboratórios e uma associação empresarial foram condenados ao pagamento de multas no valor global de 48,6 milhões de euros por participação em cartel de análises clínicas e testes Covid. A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou cinco dos principais grupos laboratoriais a operar em Portugal e uma associação empresarial ao pagamento de multas no valor total de 48,6 milhões de euros, pela participação num cartel que operou no mercado português de prestação de análises clínicas e de testes Covid-19 entre, pelo menos, 2016 e 2022. De acordo com a decisão consultada pelo ECO, o grupo Affidea foi multado em 26,1 milhões de euros, o Joaquim Chaves em 11,5 milhões de euros, o Germano de Sousa em 9,3 milhões de euros, a Redelab em 200 mil euros, a Labeto em 1,4 milhões e a ANL em 10 mil euros. “O cartel em causa, estabelecido entre os laboratórios e com a participação da associação do setor, teve por objetivo a fixação dos preços aplicáveis e a repartição geográfica do mercado de prestação de análises clínicas e de fornecimento de testes Covid-19“, refere a AdC num comunicado.

A decisão resulta de um processo que, no início, envolvia sete laboratórios e a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL), cuja acusação remonta a dezembro de 2022. O total de coimas aplicadas ascendeu a 57,51 milhões de euros, dos quais 8,9 milhões já foram voluntariamente pagos por dois grupos laboratoriais multinacionais. Na altura, a associação empresarial rejeitou “firmemente” a acusação e lamentou que o regulador não tenha tentado obter “esclarecimentos sobre os factos em questão” antes da acusação.

quarta-feira, julho 24, 2024

Zona Euro está à beira da estagnação

A recuperação da economia perdeu força em julho, com as duas maiores economias da Zona Euro a darem sinais preocupantes, abrindo margem para o BCE cortar as taxas de juro em setembro. A recuperação económica da Zona Euro perdeu força em julho, com o setor privado a registar um crescimento quase nulo, segundo os dados provisórios do índice de gestores de compras (PMI) divulgados. O HCOB Flash Eurozone Composite PMI, um barómetro da atividade económica no bloco da moeda única, caiu para 50,1 pontos em julho, o valor mais baixo dos últimos cinco meses que compara também com os 50,9 pontos registados em junho. Este valor, apenas ligeiramente acima da marca dos 50 pontos que separa o crescimento da contração, aponta para uma economia à beira da estagnação.

“Será isto a pausa de verão? Parece um pouco, já que a economia da Zona Euro mal se mexeu em julho”, afirma Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, citado no relatório. O abrandamento foi particularmente notório no setor dos serviços, onde o índice recuou para 51,9 pontos, o nível mais baixo em quatro meses. Já a indústria continua a ser o calcanhar de Aquiles da economia europeia, com o índice a cair para 45,6 pontos, o valor mais baixo em sete meses. Os dados deste indicador calculado pelo Hamburg Commercial Bank indica que as duas maiores economias do espaço do euro deram sinais preocupantes. A Alemanha registou uma contração da atividade pela primeira vez em quatro meses, enquanto França acumulou o terceiro mês consecutivo de queda.

Imprensa internacional vê lisboetas e nómadas digitais às ‘turras’. Aumento do custo de vida faz estrangeiros deixar Portugal

A cidade de Lisboa, que foi já visto como um paraíso para nómadas digitais devido aos arrendamentos baratos, invernos amenos, uma população jovem e um cenário social vibrante, enfrenta agora uma crise que está a afetar tanto os moradores locais como os nómadas digitais. A entrada de aproximadamente 16.000 pessoas a trabalhar remotamente, somado aos 6,5 milhões de turistas anuais, começou a gerar tensões na capital portuguesa. Uma das causas desse mal-estar é a disparidade salarial, conta a ‘Euronews’. Para se qualificar para o visto de nómada digital, é necessário ganhar pelo menos 3.280 euros por mês, um valor muito superior ao salário médio dos portugueses, que é de 1.000 euros por mês. Esse aumento de poder aquisitivo entre os nómadas digitais tem contribuído significativamente para a inflação, afetando diretamente o custo de vida em Lisboa.

Para além disso, Portugal enfrenta uma das crises imobiliárias mais graves da Europa, com preços de imóveis que dobraram desde 2018. Os preços dos arrendamentos também dispararam: um apartamento de um quarto em Lisboa custa, em média, 1.200 euros por mês, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Os nómadas digitais pagam frequentemente mais de 2.500 euros por mês por apartamentos de curta duração no verão, enquanto uma família de quatro pessoas gasta entre 2.100 e 3.000 euros. Portugal também possui um dos menores salários mínimos da Europa, 820 euros por mês, muito inferior aos 2.146 euros da Irlanda ou aos 2.571 euros de Luxemburgo. Esse desequilíbrio salarial tem sido um fator significativo na crise económica enfrentada pelos residentes de Lisboa.

Venezuela: MADURO dispara contra LULA: "tome um chá de camomila"


Maduro intensifica ataques à imprensa internacional a poucos dias das eleições na Venezuela




Ultraconservadores exigem a von der Leyen pastas de peso na Comissão Europeia

Tendo conquistado o apoio do Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen está a passar por uma nova prova de fogo. Na escolha de quem terá assento na próxima Comissão Europeia, a presidente reeleita enfrentará a pressão de alguns governos ultraconservadores. "O puzzle para montar a Comissão será mais difícil desta vez porque os (candidatos a) comissários que Ursula von der Leyen receberá dos Estados-membros serão muito mais diversificados em termos das opiniões políticas, em comparação com o passado, tendo mais eurocéticos nas pastas", explicou Johannes Greubel, analista político no Centro de Política Europeia, em entrevista à Euronews. Os governos ultraconservadores da Itália e da Chéquia já declararam que pretendem que os comissários que vão indicar tenham pastas de grande relevo. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que quer uma vice-presidência económica. O homólogo checo, Petr Fiala, também disse querer “uma pasta forte, de preferência económica”. É uma mensagem que visa realçar a sua convicção de que os ganhos dos partidos desta ideologia nas eleições europeias devem ser refletidos na composição do novo executivo da União Europeia (UE).

Estas exigências são, também, uma reação ao chamado cordão sanitário dos partidos tradicionais e pró-UE contra a extrema-direita, que funcionou na escolha dos líderes das instituições: Ursula von der Leyen, centro-direita, para a Comissão Europeia; António Costa, socialista, para o Conselho Europeu e Kaja Kallas, liberal, para chefe da diplomacia da UE.

Espanha: "Menos turismo, mais vida". Protesto contra turismo de massas junta milhares de pessoas em Maiorca

Os organizadores da marcha afirmam que o número descontrolado de turistas está a provocar uma descida dos salários, uma perda de qualidade de vida e um aumento do preço das habitações. Milhares de pessoas manifestaram-se em Maiorca contra o que dizem ser os impactos negativos do turismo excessivo. Os organizadores da marcha afirmam que o número descontrolado de turistas está a causar uma descida dos salários, perda de qualidade de vida, ruído e um aumento do preço da habitação.

"Agora é altura de dizer basta. Queremos medidas concretas para limitar e diminuir o número de turistas e melhorar o bem-estar da população local", afirmou Pere Joan Feminia, porta-voz da plataforma "Menos Turismo, Mais Vida", que organizou a manifestação. Os manifestantes marcharam sob o lema "Mudemos de rumo - ponhamos limites ao turismo", numa ação a que se juntaram 110 outras organizações cívicas. "Desde que vivemos aqui, temos visto o ritmo de crescimento do turismo, de forma descontrolada e insustentável", disse um manifestante. A manifestação, em plena época turística, pretende ser "um ponto de viragem, o início de ações e mobilizações nas quatro ilhas, e não apenas em Maiorca", explicaram os organizadores. No ano passado, a autoridade aeroportuária AENA afirmou que as partidas e chegadas no aeroporto de Palma, só no mês de julho, aumentaram 5,9% em comparação com o mesmo mês de 2022, com 4,3 milhões de pessoas a passarem pelo aeroporto. Isto significa que Palma foi o terceiro destino de verão mais popular em Espanha, atrás de Madrid e Barcelona.

O fim do Airbnb em Barcelona: o que é que o sector do turismo tem a dizer?

O presidente da Câmara Municipal prometeu livrar a capital catalã das 10.000 licenças de apartamentos turísticos nos próximos cinco anos. Em 2023, a província de Barcelona, com 5,5 milhões de habitantes, recebeu 26 milhões de turistas. O impacto económico direto foi de 12,75 milhões de euros, um montante do qual depende em grande medida a economia catalã. O impacto dos recentes protestos contra o excesso de turismo na cidade, bem como o anúncio feito pelo presidente da Câmara Municipal de eliminar os 10.000 apartamentos turísticos da cidade até 2028, não foram bem recebidos pelo sector.

“Os preços das rendas aumentaram significativamente nos últimos 10 anos e creio que a administração está a tentar colmatar as suas falhas utilizando os apartamentos existentes para outros fins. Mas isso não vai resolver o problema nem é a solução”, defende Bonaventura Durall, diretor-geral da Durlet Apartments, uma empresa de arrendamento de apartamentos turísticos na cidade. De acordo com a Associação de Apartamentos Turísticos de Barcelona (APARTUR), os apartamentos turísticos representam apenas 0,77% da habitação da cidade. A APARTUR alerta para o facto de a restrição das licenças poder aumentar o número de apartamentos ilegais e provocar o desaparecimento de 40% do turismo da cidade.

Novo estudo revela que cruzeiros poluem mais do que aviões e carros

Segundo investigação da emissora pública dinamarquesa, DR, um navio de cruzeiro emite, em média, o dobro de CO2 por passageiro de um avião na mesma distância. Especialistas defendem que até viajar de carro é uma opção mais amiga do ambiente. Muitas pessoas pensam que, ao optarem por navios de cruzeiro, estão a utilizar uma forma de viajar mais amiga do ambiente. No entanto, de acordo com uma nova investigação da emissora pública dinamarquesa DR, na Europa, um navio de cruzeiro emite, em média, aproximadamente, o dobro de CO2 por passageiro do que um avião na mesma distância. “O tráfego de navios de cruzeiro tem uma emissão de CO2 por passageiro significativamente mais elevada do que se viajarmos de carro ou de avião”, afirma Niels Buus Kristensen, investigador sénior do Instituto de Economia dos Transportes de Oslo. “É de esperar isso quando se viaja com lojas, restaurantes e hotéis a bordo. Isto, por si só, torna as coisas completamente diferentes do que se nos limitarmos a conduzir o nosso carro ou a apanhar um avião”, acrescenta.

Giuseppe Antoci, o deputado europeu sob proteção

Giuseppe Antoci vive ao abrigo de um regime de proteção desde dezembro de 2014, devido a ameaças da máfia siciliana. Agora, esta proteção estende-se também ao Parlamento Europeu. Enquanto presidente do Parque Nebrodi, na Sicília, Antoci tinha concebido um protocolo para evitar que o dinheiro dos fundos europeus destinados à agricultura fosse parar às mãos dos clãs mafiosos, atingindo um dos principais canais de financiamento do crime organizado. “Eu sei que sou uma pessoa que tem medo. Mas depois apercebemo-nos de que transformamos o medo, pensando que afinal não há outro caminho”.

Alemanha reduz apoios à Ucrânia, à medida que solidariedade também parece diminuir

Numa conferência de imprensa, o ministro das Finanças alemão apresentava o OE de 2025 onde estava contemplada uma redução para metade dos apoios militares à Ucrânia. Para a ONG Vitsche esta diminuição também se sente nos donativos.

Cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023


Uma em cada onze pessoas no mundo e uma em cada cinco em África foi afetada pela fome em 2023, segundo a ONU. A comunidade internacional está muito longe do seu objetivo de eliminar a fome no mundo até 2030, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre o estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo, publicado na quarta-feira por cinco agências especializadas das Nações Unidas. Cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, o que equivale a uma em cada onze pessoas no mundo e uma em cada cinco em África. O relatório mostra que a situação se inverteu em 15 anos, com níveis de subnutrição comparáveis aos registados em 2008-2009.

Com quem vivem os jovens na Europa?

fonte: Visual Capitalist

Salário necessário para comprar uma casa em 50 cidades dos EUA em 2024

 fonte: Visual Capitalist

Como as ligas desportivas dos EUA ganham dinheiro

 fonte: Visual Capitalist

As principais moedas com melhor desempenho (2014-2023)

 fonte: Visual Capitalist

É preciso que "haja uma maior utilização" dos conteúdos produzidos pela RTP

O presidente da RTP defendeu que é preciso olhar para o contrato de concessão da empresa e analisar se os oito canais de televisão e os sete de rádio "fazem sentido hoje em dia". Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da audição dos membros indigitados para o Conselho de Administração da RTP.

Na sua intervenção inicial, o presidente do Conselho de Administração da RTP destacou a atual "mudança brutal e rápida no setor dos media em todo o mundo", com as audiências a cair na televisão e na rádio linear, com os públicos a fugirem para o digital. O gestor sublinhou que "nenhum operador em Portugal escapa" a esta tendência. "É necessário olhar para o contrato de concessão [que está para ser revisto] (...) para sabermos se os oitos canais que temos de televisão e os sete de rádio fazem sentido hoje em dia, se devem ser esses, se devem ser outros, se podemos agregar conteúdos, se podemos mudar eventualmente aquilo que estamos a fazer", considerou o responsável. Isso passa também por olhar para a rede de delegações do país e nas ilhas, como também a rede de delegações em África. "Penso que este é um exercício que todos deveríamos fazer para saber se hoje em dia uma RTP adaptada a estes tempos necessita fazer algumas mudanças", prosseguiu.

Ryanair enviou plano ao Governo para duplicar passageiros em Portugal. Quer fim do “monopólio” da ANA

O CEO da companhia aérea irlandesa defende que futuro aeroporto Luís de Camões deve coexistir com a Portela. Ryanair voaria para ambos. A Ryanair enviou ao Governo, há cerca de um mês, um plano para duplicar os passageiros transportados em Portugal para 27 milhões, mas exige um aumento do número de faixas horárias em Lisboa e incentivos do Estado para a redução das taxas aeroportuárias, revelou esta terça-feira o CEO do grupo, num encontro com jornalistas. Michael O’Leary afirmou também que gostaria que o aeroporto da Portela se mantivesse em operação, mesmo depois da abertura da infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete.

Michael O’Leary não teve ainda oportunidade de reunir com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, mas já fez chegar ao Governo um plano para aumentar de forma significativa o peso da companhia aérea em Portugal até 2030. O plano prevê a duplicação do número de rotas para mais de 320, juntar mais 16 novos aviões (um investimento de 1,6 mil milhões de dólares) à operação, reabrir a base de Ponta Delgada, reduzir a sazonalidade em Faro, Ponta Delgada e Funchal e criar 500 postos de trabalho. Segundo as contas da transportadora, o número de passageiros passaria de 13,5 milhões para 27 milhões.

Em troca, a Ryanair pretende ter mais faixas horárias em Lisboa e taxas aeroportuárias mais baixas, sugerindo a criação de apoios para “um esquema de incentivo ao crescimento”. Michael O’Leary pediu ainda “o fim do monopólio da ANA”, como lhe chamou e culpou mesmo as taxas cobradas pela concessionária pelo facto de a operação da companhia low cost irlandesa não ter crescido em Portugal este ano.

“Não nos podemos conformar que a RTP3 seja o canal menos visto dos canais de informação por cabo”, diz presidente da RTP

Segundo Nicolau Santos, a RTP3 é neste momento "um desafio" até tendo em conta o aparecimento do Now, um novo player entre os canais de informação. “Não nos podemos conformar que a RTP3 seja o canal menos visto dos canais de informação por cabo“, disse Nicolau Santos esta terça-feira, em audição na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto. O presidente da RTP defendeu a necessidade de uma “mudança substancial“.

Segundo Nicolau Santos, a RTP3 é neste momento “um desafio” até tendo em conta o aparecimento do Now, o novo canal de informação da Medialivre que foi lançado esta segunda-feira e que foi o 14ª mais visto do cabo, à frente da RTP3. “Não nos podemos conformar que a RTP3, que compete com a SIC Notícias, CNN Portugal e agora o Now, seja o canal menos visto dos canais de informação por cabo. Estamos a preparar uma profunda reflexão nessa área para ver o que podemos fazer. É preciso haver uma mudança substancial“, afirmou.

Questionado quanto à possibilidade de fecho da RTP3, Nicolau Santos ressalvou que só uma decisão do Estado é que pode levar ao fecho (ou abertura) de canais na RTP. O responsável defendeu uma “renovação que seja uma refundação da RTP3, que traga novas ideias e novas maneiras de abordar” os temas e assegurou que está a ser analisado o que pode ser feito – ao nível de renovação dos estúdios, de alteração na programação ou apresentadores etc. -, embora seja sabido que os resultados não são imediatos.

Turismo de massas: Câmara de Sintra afirma que "residentes estão em primeiro lugar” no centro histórico

A Câmara de Sintra diz que continua “empenhada em desenvolver um centro histórico em que os residentes estão em primeiro lugar”, reagindo ao manifesto da associação QSintra, exigindo medidas contra “turismo de massas e caos no trânsito”. No dia 20, a QSintra – Em Defesa de um Sítio Único divulgou um manifesto, “Sintra é de todos e precisa de todos”, e, em simultâneo, colocou faixas nas janelas e varandas e cartazes nas montras de lojas, restaurantes e cafés contra a transformação da vila “num mero parque de diversões congestionado”. Denunciando a “perda de qualidade de vida” dos habitantes de Sintra, a associação criticou os “constantes congestionamentos de trânsito” e a “descaracterização acelerada da zona inscrita como Património Mundial”. Questionada pela Lusa sobre as críticas, a autarquia de Sintra respondeu que tem tentado implementar “medidas que procuram o equilíbrio entre os benefícios do turismo” e o seu impacto no centro histórico.

A autarquia confirma que o número de atendimentos nos postos de turismo da vila “tem demonstrado um aumento contínuo” – dos 340.633 registados em 2022 cresceram para 522.176 em 2023. Porém, assinala que se verificou “uma quebra de vendas nos primeiros meses de 2024”: até 15 de julho de 2024 foram vendidas perto de dois milhões de entradas, menos 3% do que em idêntico período de 2023. No ano passado, os monumentos geridos pela Parques de Sintra - empresa de capitais exclusivamente públicos criada em 2000, após a classificação pela UNESCO como Património da Humanidade – acolheu mais de três milhões de visitantes.

É preciso ver se os oito canais de tv e sete de rádio da RTP “fazem sentido hoje em dia”, diz presidente da empresa

"Penso que este é um exercício que todos deveríamos fazer", diz presidente da RTP, que pretende "fazer diferente com menos gente do que temos atualmente". O presidente da RTP defendeu que é preciso olhar para o contrato de concessão da empresa e analisar se os oito canais de televisão e os sete de rádio “fazem sentido hoje em dia”. Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da audição dos membros indigitados para o Conselho de Administração da RTP.

Na sua intervenção inicial, o presidente do Conselho de Administração da RTP destacou a atual “mudança brutal e rápida no setor dos media em todo o mundo“, com as audiências a cair na televisão e na rádio linear, com os públicos a fugirem para o digital. O gestor sublinhou que “nenhum operador em Portugal escapa” a esta tendência. “É necessário olhar para o contrato de concessão [que está para ser revisto] (…) para sabermos se os oitos canais que temos de televisão e os sete de rádio fazem sentido hoje em dia, se devem ser esses, se devem ser outros, se podemos agregar conteúdos, se podemos mudar eventualmente aquilo que estamos a fazer“, considerou o responsável.

Isso passa também por olhar para a rede de delegações do país e nas ilhas, como também a rede de delegações em África.”Penso que este é um exercício que todos deveríamos fazer para saber se hoje em dia uma RTP adaptada a estes tempos necessita fazer algumas mudanças”, prosseguiu. O contrato de concessão “é essencial”, sublinhou, afirmando que a administração espera que seja possível concluir a renovação do mesmo nesta legislatura.

Liderança de João Pedro Louro na JSD em risco: aumenta a pressão para a sua saída devido ao escândalo de abandono do avô

João Pedro Louro tem sido cada vez mais pressionado para abandonar a liderança da Juventude Social Democrata (JSD) menos de um mês após ter sido eleito para o cargo, avança esta terça-feira o ‘Diário de Notícias’: recorde-se que o jovem responsável ficou marcado pelas acusações de abandono do avô e acaba de perder um dos principais elementos da sua direção.

Bruno Bessa, um dos atuais cinco vice-presidentes da JSD, demitiu-se por ter sido “afastado dos processos de decisão” depois de ter defendido que a estrutura devia voltar a votos “devido aos danos reputacionais e políticos” decorrentes do escândalo sobre o abandono a que João Pedro Louro deixou o avô e tio, que viviam rodeados de lixo numa casa da família, em Odivelas.

Grécia encontra solução para excesso de turistas: Criar impostos e taxas para financiar recuperação climática

As ilhas gregas, conhecidas pelas suas praias paradisíacas e rica herança cultural, têm sido destinos de eleição para turistas de todo o mundo. Cidades como Atenas, Santorini e Mykonos atraem anualmente milhões de visitantes devido à sua história, paisagens deslumbrantes e gastronomia única. No entanto, a crescente afluência turística tem apresentado desafios significativos para o país. Em resposta, o Governo grego adotou uma nova medida fiscal. A partir de março de 2024, a antiga taxa turística foi substituída pela “taxa de resiliência climática”. Esta decisão surgiu após os devastadores incêndios florestais e inundações que assolaram o país em 2023. A nova taxa visa arrecadar fundos para a recuperação dos danos causados por esses desastres naturais e para a implementação de medidas preventivas contra futuras catástrofes.

A nova taxa será aplicada de forma diferenciada conforme a temporada e o tipo de alojamento. Durante a temporada alta, de março a outubro, os turistas terão de pagar entre 1,5 e 10 euros por noite, dependendo da categoria do hotel. Nos meses de novembro a fevereiro, será cobrada a taxa padrão, que varia entre 0,5 e 4 euros por noite. Os fundos arrecadados com esta taxa serão destinados a projetos de reconstrução e prevenção. O objetivo principal é reparar os danos causados pelos incêndios e inundações, além de implementar medidas para mitigar o impacto de futuros desastres naturais.

O imposto será cobrado diretamente pelo fornecedor de alojamento e será obrigatório para todos os tipos de hospedagem, incluindo hotéis, vilas e alugueres de plataformas como Airbnb. Os hotéis de uma e duas estrelas cobrarão 1,5 euros por noite na temporada alta, enquanto os de cinco estrelas cobrarão 10 euros por noite. Na temporada baixa, a taxa será de 0,5 euros para os alojamentos mais modestos e de 4 euros para os mais luxuosos. Esta medida gerou um debate aceso na sociedade grega. Alguns setores do turismo temem que a taxa possa desencorajar certos visitantes, enquanto outros acreditam que é um passo necessário para garantir a sustentabilidade e proteção do ambiente natural da Grécia. A “taxa de resiliência climática” não pretende apenas gerir melhor o fluxo de turistas, mas também assegurar que o país esteja preparado para enfrentar e recuperar-se de futuros desastres naturais. Com esta medida, a Grécia busca encontrar um equilíbrio entre manter o seu apelo turístico e proteger o seu valioso património natural e cultural (Executive Digest, texto do jornalista Pedro Zagacho Goncalves)

Venezuela: Maduro acusa meios de comunicação internacionais de serem “assassinos de mentiras”

"Eles já estão a denunciar uma fraude. Ninguém vai manchar o processo político. Se passarem o sinal (vermelho), vão se arrepender por 200 anos e será o último erro de suas vidas, será o seu último erro político, se houver justiça contra os fascistas" O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que concorre a um terceiro mandato de seis anos nas eleições presidenciais de domingo, acusou esta terça-feira órgãos de comunicação social internacionais de serem "assassinos de mentiras". "Tentaram mil vezes tornar-nos invisíveis, agora a operação é levada a cabo por assassinos, os assassinos da mentira, a agência EFE de Espanha, a agência AFP, a agência Associated Press, a CNN e várias televisões daqui. Mais uma vez, conhecemos a história, já vi esse filme", disse Maduro durante um comício em San Cristobal, na fronteira com a Colômbia. egundo referiu, os órgãos de comunicação social censuram e "manipulam" informações sobre sua campanha eleitoral.

"Eles já estão a denunciar uma fraude. Ninguém vai manchar o processo político. Se passarem o sinal (vermelho), vão se arrepender por 200 anos e será o último erro de suas vidas, será o seu último erro político, se houver justiça contra os fascistas", continuou. Nicolás Maduro já se insurgiu por duas vezes, na semana passada, contra agências e meios de comunicação internacionais, chamando-os de "lixo" e de "ponta de lança" de um suposto plano da oposição que visa denunciar a fraude nas eleições de domingo.

Nestas eleições, Maduro enfrenta nas urnas Edmundo Gonzalez Urrutia, o candidato da oposição que a maioria das sondagens coloca na liderança, mas que são desvalorizadas pelo seu partido, alegando que são fabricadas. Durante a campanha, que termina oficialmente na quinta-feira, cerca de uma centena de opositores foram presos, segundo organizações de direitos humanos.

A Associação de Imprensa Estrangeira (APEX) rejeitou os ataques verbais feitos por Nicolás Maduro, apelando para que a imprensa internacional "não seja envolvida no debate político ou em acusações infundadas".  Venezuela ocupa o 156º lugar, entre 180 países, no `ranking´ mundial da liberdade de imprensa estabelecido pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Segundo o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP), mais de 400 meios de comunicação fecharam portas na Venezuela nos últimos 20 anos. O Governo retirou do ar o popular canal RCTV e ordenou que as operadoras de cabo retirassem a CNN em espanhol, a Deutsche Welle e os canais colombianos NTN24 e RCN. Mais de 21,6 milhões de venezuelanos são chamados a votar nas presidenciais venezuelanas de domingo (Expresso)