sábado, julho 20, 2024

Lembrando a realidade parlamentar em Portugal, depois de 2024

Acho que nunca é demais recordar às pessoas a configuração dos três parlamentos nacionais, dois eleitos em 2024 (Açores, Fevereiro, 57 deputados, Assembleia da República em Março, 230 deputados e Madeira em Maio, 47 deputados), explicar os partidos com representação parlamentar e a maioria absoluta necessária em cada um deles. No caso dos Açores, extinta a coligação PSD-CDS-PPM, nos termos da legislação, o PPM ficou com 1 deputado, o CDS com 2 e o PSD com 23. De facto vivemos um tempo novo, em todos os parlamentos, marcado pela ausência de maiorias absolutas, decorrentes das urnas ou previa ou posteriormente negociadas, o que obriga - num tempo de crise de lideranças, reconhecidamente existente, e que nem sequer é um fenómeno regional ou nacional mas sobretudo europeu e mundial - a um processo negocial que nem sempre é garantia de sucesso, dado que nem sempre as prioridades colocadas em cima da mesa são as que realmente devem ser postas em cima da mesa. Há falta de habilidade, de pragmatismo, de lisura democrática e de antecipar eventuais cenários futuros que no imediato até podem obrigar a cedências ou a aparentes "derrotas" que na realidade não são. Quando a prioridade é salvar a face e impedir contestações partidárias internas que ameaçam o poder, seja no poder ou na oposição, nos partidos maioritários ou minoritários, nada feito (LFM)

Sem comentários: