O portugueses dizem que o estado da Saúde é mau. E querem que seja esse o tema prioritário do debate sobre o Estado da Nação. Portugueses também estão insatisfeitos com a situação na Economia, Imigração, Emprego e Educação. E dizem que Luís Montenegro deve dar prioridade à Saúde no debate do Estado da Nação. Os portugueses estão pessimistas quanto ao Estado da Nação, de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Quando se pede que avaliem seis áreas em concreto, o balanço é bastante negativo, com destaque para a Justiça (79% dizem que a situação é má) e para a Saúde (69%). E quando se pergunta qual deveria ser o tema prioritário a levar por Luís Montenegro para o debate no Parlamento, a Saúde volta a estar em lugar de destaque (34%).
O barómetro político deste mês já indiciava que há um problema que preocupa os portugueses mais do que qualquer outro, com reflexos na avaliação que fazem aos membros do Governo. Se o primeiro-ministro é o político mais popular e se os restantes ministros estão em maré alta, há uma exceção à regra: a ministra com a tutela da Saúde, Ana Paula Martins, está em queda. E isso ajuda a explicar porque é a Saúde é o problema que os inquiridos consideram prioritário para o debate do Estado da Nação (34%), à frente de temas como a Habitação (21%) ou os Salários (20%).
A escolha deste tema revela que a Saúde é uma preocupação, mas o que demonstra verdadeiramente a insatisfação é o facto de 69% responderem que o estado da Saúde em Portugal é mau. Uma avaliação transversal a todos os segmentos da amostra, incluindo os que votam na AD, que está no Governo (71%), e os que votam no PS, que esteve no Governo até março passado (65%).
Pessimismo sénior
A Justiça será um tema mais distante do dia a dia dos cidadãos, mas tem estado debaixo do foco mediático, e em particular desde a demissão de António Costa, por causa de suspeitas do Ministério Público, no âmbito da Operação Influencer, que não se confirmaram. E é nesta área que os portugueses revelam maior pessimismo: 79% dizem que a situação é má, com destaque para os mais velhos (90%).
Neste catálogo de disfuncionalidades surge em terceiro lugar a Economia: 63% dizem que está em mau estado, percebendo-se que são os mais novos os mais insatisfeitos (75%), em contraste com os mais velhos, que entendem que a situação económica do país até é boa (50%). Praticamente no mesmo patamar estão o Emprego e a Imigração (63% avaliam a situação como má, mas esta última área destaca-se pelos 30% que dizem ser muito má).
A fechar, a Educação, com 60% de insatisfação, verificando-se que é uma área que preocupa mais as mulheres do que os homens, da mesma forma que os mais velhos estão mais pessimistas do que os mais novos (em ambos os casos há uma diferença de oito pontos percentuais entre os dois lados). Nos segmentos de voto partidários, os mais críticos são os eleitores da Iniciativa Liberal e do Livre.
Tome nota
Chega e imigração
Os eleitores do Chega destacam-se na Imigração: 83% dizem que a situação é má. Mais ainda, 54% dizem que é muito má. Em consequência, é também esse o tema que elegem como prioritário para o debate do Estado da Nação (32%).
Habitação e salários
A Saúde é o tema mais importante para o debate em quase todos os segmentos. Mas há exceções: entre os mais jovens, a prioridade deve ser a Habitação (29%); entre quem vive na Área Metropolitana do Porto, os Salários (29%) (Jornal de Negócios, texto do jornalista Rafael Barbosa)
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