quinta-feira, março 04, 2021

Tendência de jovens que não estudam nem trabalham cresceu nos últimos 5 anos

 

Há mais jovens que não estudam nem trabalham nas zonas rurais do que nas cidades ou zonas mais urbanizadas, o que se deve, à fragilidade da economia destes territórios e a fenómenos como o abandono escolar. É a conclusão de um relatório coordenado pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, citado pelo Público. A tendência começou por diminuir ao longo dos últimos anos – a percentagem de jovens que não estuda nem trabalha baixou de 13,1% para 9,5% no período avaliado (2009-2019). Porém, a evolução deste indicador não foi sempre contínua e agora dá sinais de estar a aumentar novamente.

Até 2010, a percentagem foi subindo, como consequência da crise financeira de 2008, tendo atingido o pico em 2013. Nesse ano, 17,1% da população entre os 15 e os 29 anos estava inativa. Depois melhorou ligeiramente. Agora, os dados mostram também que embora exista uma tendência geral para que o número seja superior nas zonas rurais, esta acentuou-se de uma forma geral em Portugal a partir de 2015, de acordo com o estudo coordenado pelo Iscte. Assim, verifica-se uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos. Em declarações ao Público, o investigador do Centro de Investigação e Intervenção Social do Instituto Universitário de Lisboa, Francisco Simões, considera que este é ainda um efeito da crise do início da década. A investigação permitiu ainda identificar “fatores de risco” que expõem os jovens a esta situação. O primeiro é a fragilidade das economias das regiões rurais. O segundo são os níveis elevados de abandono escolar precoce, um problema que está agora a ser agravado pela pandemia (Executive Digest)

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