1- PS (coligação) concorre contra coligação PSD-CDS é o mais votado mas não tem maioria absoluta de mandatos na CMF- potencial ingovernabilidade se não forem conseguidos acordos pontuais com oposição
2- PS (coligação) concorre contra coligação PSD-CDS e perde, em votos e em mandatos na CMF - potencial crise política nos socialistas
3 - PS (coligação) concorre contra coligação PSD-CDS e ganha, em votos e em mandatos na CMF - potencial crise política nos social-democratas e no CDS com as liderança de Albuquerque e Barreto a serem questionadas. Calado derrotado fica sem condições para ser alternativa no futuro do PSD-M derrotado nas urnas?
4 - PS (coligação) concorre contra coligação PSD-CDS e perde, em votos e em mandatos na CMF - crise política nos socialistas com Cafofo a ser obrigado a tomar medidas no seio do PS-M para segurar a sua liderança e Miguel Gouveia a abandonar a vida política activa
5 - Chega rebenta com as contabilidades eleitorais da coligação PSD-CDS e retira vitória nas urnas e a maioria dos mandatos - O PSD-M, mais concretamente o seu líder, podem ser responsabilizados pela situação já que o CDS-M se tem mantido distante do patético "paparicar" do Chega de Ventura
6 - Dispersão de votos na esquerda - PCP e JPP concorrem com listas próprias - não facilita duelo entre o PS (coligação) e PSD-CDS impedindo a vitória dos socialistas. A situação nesses partidos da esquerda pode dar origem a crises políticas internas e a uma potencial "caça às bruxas", com o PS-M a responsabilizá-los pelo insucesso eleitoral no Funchal caso ocorra. Já no caso do Bloco, e num cenário destes, dificilmente Paulino resistiria pelo que o envolvimento na coligação era mais do que certo. No caso da JPP - que concorreu coligada em 2017 - contrariamente ao que eu esperava, optou por arriscar na capital apesar dos seus 1.531 votos, 2,5% votos nas regionais e 1.498 votos, 2,7% nas legislativas (ambos em 2019)
7 - A abstenção aumenta devido a uma campanha eleitoral que será atípica
e a uma certa desilusão dos eleitores, cenário que terá impacto na aplicação do
método de Hondt no apuramento dos mandatos autárquicos. Lembro a abstenção no
Funchal em eleições mais recentes:
Autárquicas, 2013 - 47,5% de abstenção
Regionais, 2015 - 50%
Autárquicas, 2017 - 45,9%
Regionais, 2019 - 43,5%
Legislativas, 2019 - 48,8%
Presidenciais, 2021 - 56,4%
8 - O desfecho eleitoral no Funchal vai depender, em meu entender, de dois factores nem sempre valorizados, sobretudo um deles: dos efeitos das guerras mediáticas e políticas de comunicação e da constituição das diferentes equipas de vereadores candidatas à CMF e de alguns candidatos às Juntas de Freguesia mais influentes eleitoralmente na capital.
9 - A coligação PSD-CDS ganha no Funchal sem maioria absoluta - potencial ingovernabilidade se não forem conseguidos acordos pontuais com oposição o que não me parece nada fácil
10 - Se o Chega mantiver a tendência eleitoral (presidenciais de 2021) de capitalizar votos de eleitores insatisfeitos e abstencionistas, estamos perante a possibilidade da CMF depender de um possível vereador da extrema-direita?
11 - Neste momento, depois das eleições de 2017, o PS (coligação) e o
PSD lideram 5 Juntas de Freguesia. No caso da CMF o PS (e coligação) tem a
maioria dos mandatos - 67 contra 5 da oposição, 4 do PSD e 1 do CDS - mas na
Assembleia Municipal é a oposição, quando se une, que tem a maioiria dos
mandatos:
Assembleia Municipal
Eleitos directamente:
- PS (coligação), 15
- PSD, 12
- CDS, 3
- PCP, 1
- PTP, 1
- MPT, 1
Inerências (Presidentes das Juntas de Freguesia)
- 5 do PS (coligação)
- 5 do PSD
Temos portanto um total de 20 mandatos (15 + 5) para o PS (coligação)
contra 20 mandatos do PSD (17) e CDS (3) mais 3 mandatos da oposição, num total
de 23 contra 20 (LFM)
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