Os impactos da subida do nível do mar vão ser sentidos quatro vezes mais rápido pelas pessoas que vivem nas maiores cidades costeiras do mundo, de acordo com uma avaliação científica publicada na Nature Climate Change. É a segunda análise num mês a mostrar que as economias costeiras são mais vulneráveis do que se pensava anteriormente ao perigo da subida do nível médio das águas do mar. A extração de água e de outros recursos subterrâneos das cidades, incluindo Jacarta, Nova Orleães e Xangai, está a fazer com que se afundem lentamente. Trata-se de um fenómeno chamado subsidência e que resulta, por exemplo, em maiores riscos de cheias.
“Devido à coincidência com os grandes centros populacionais, a subsidência tem implicações sociais e económicas globais”, indica a investigação revista por cientistas da China, França, Alemanha e Reino Unido. Estes resultados indicam que os impactos e as necessidades de adaptação são muito mais elevados do que se pensava.
Embora o nível do mar tenha subido cerca de 2,5 milímetros por ano, a nível global, nas últimas duas décadas, as pessoas que residem em zonas costeiras (que representam cerca de 58% da população mundial) observaram aumentos médios do nível do mar de 7,8 a 9,9 milímetros por ano, de acordo com a investigação. Os riscos da extração de águas subterrâneas são há muito conhecidos nas áreas urbanas. Esta nova análise sugere que os decisores políticos podem regular o desenvolvimento e a extração para abrandar e mitigar o impacto da subida do nível do mar.
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