terça-feira, janeiro 14, 2020

Nota: PSD-M, um lamento e um aplauso

Aplaudo a decisão de boicote anunciada pelo PSD-M à segunda volta da eleição do novo líder nacional do PSD, embora considere que a verdadeira história deste processo estará por ser contada, em todos os seus contornos. Incluindo procedimentos absolutamente intoleráveis que acabaram por transformar um acto quer devia ter sido apenas e só politico em algo de mais estranho e condenável. Falo da alegada decisão de fotocopiar de boletins de voto que nunca poderia ter acontecido. Aplaudo a decisão, apenas e só pela forma como o processo foi gerido por Lisboa e pela tentativa, mais uma, de espezinhar a autonomia estatutária das estruturas insulares, neste caso do PSD-Madeira.
Um lamento. Porque uma coisa é o boicote político da direcção do PSD-M ao processo, outra coisa é o partido impedir que os 104 militantes que aos olhos de Lisboa estão em condições de votarem possam fazê-lo caso queiram. E isso é mau porque, apesar de compreender os argumentos, a decisão pode dar a ideia de um partido gerido de forma autocrática onde as decisões são tomadas de forma absolutista, ditatorial e anti-democrática. E isso é negativo.
Mas, enfim, não me arrependo nada de desde o primeiro momento ter decidido passar ao lado deste processo, nem quotas pagando. Só me faltava ver o PSD eleger o "passismo" e trazer de novo esses tempos tenebrosos para dentro do partido por via do maçónico arrependido Montenegro que na Assembleia da República perseguiu deputados madeirenses por terem votado de forma livre e aquela que entenderam ser a melhor para a Madeira. Aliás foi esse "passismo" do qual Montenegro era figura de proa que lançou o PSD para uma travessia do deserto que tende a continuar e abriu portas quer à geringonça em 2015, quer à vitória do PS de Costa e Centeno. Para mim, caso isso aconteça, será o fim porque nesse mesmo dia abandono um partido do qual faço parte desde Maio de 1974 (LFM)

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