quinta-feira, janeiro 16, 2020

Nota: Carmo Caldeira é considerada a chave para resolver o problema da DC no Nédio Mendonça

Uma fonte da minha confiança absoluta garante que a solução e pacificação da Saúde, no que a nomes diz respeito, passa pela médica Maria do Carmo Caldeira (na foto superior), com um percurso profissional competente Hospital Nélio Mendonça (incluindo a direcção da Urgência), considerada uma pessoa de relacionamento fácil e que, por tudo isso, reuniria um consenso alargado, incluindo do PSD e do CDS para exercer as funções de Directora Clínica do SESARAM.
De acordo com a minha fonte, o nome desta médica está associado, desde princípio, e depois da saída de da médica Regina Rodrigues, ao processo de constituição da nova Direcção Clínica do SESARAM. Contudo a recusa da médica madeirense em aceitar aquele cargo - apesar de ter desempenhado outros igualmente exigentes, nomeadamente nas Urgências Hospitalares do Hospital Nélio Mendonça - colocou sempre dificuldades complexas no processo de decisão, dado que a consensualidade de Carmo Caldeira sempre foi, e continua a ser, considerada uma mais-valia e a chave deste problema que tanta celeuma tem levantado devido à forma como PSD e CDS irresponsavelmente negociaram (?) estas questões da saúde, politizando excessivamente algo que nunca deveria ser politizado desta forma e deixando que interesses pessoais de manipulação condicionassem todo o processo.
Neste momento, ao que me garantiram, depois da médica Filomena Gonçalves - que abandonou o SESARAM há uns anos, e que tinha sido indicada pelo CDS para a Direcção Clínica, mesmo sabendo que para tal teria que mudar regulamentos e legislação, o que desde logo tornava este processo em algo muito questionável - ter desistido da ideia e abandonado a candidatura à DC, Carmo Caldeira volta a ser a hipótese mais pretendida.
Filomena foi vítima manipulações de terceiros
Sei que vão ser realizados esforços junto da médica para a convencerem a abandonar a sua decisão de recusa da DC, provavelmente devido a sinais de instabilidade deixados por este processo anormal, inconcebível e abjecto que politizou um sector que tem que tratar das pessoas de forma eficaz e célere, em vez de andar a perder tempo com cargos ou a desestabilizar-se por causa de nomes.
Filomena Gonçalves acabou por sujeitar-se a um lamentável vexame público que não merecia - e Mário Pereira é o principal culpado pelo que se passou, mas não só ele, na medida em que algumas situações eram, segundo me garantiram, antecipáveis, embora outros episódios novos e inesperados tivessem surgido neste caminho cheio de buracos e de precipícios - e que nunca se sujeitaria, caso o processo tivesse sido tratado de forma discreta, com seriedade, sem a politização lamentável que aos olhos da opinião pública apenas suscitou repulsa e críticas, incluindo longe da tentativa de criação de uma espécie de rede de influência pessoal nalguns serviços do SESARAM, com várias e diversificadas ligações políticas, tentáculos de influência esses atribuídos ao referido clínico e ex-deputado do CDS. Alegadamente...
Regina recusa e Carmo é a salvação do processo
Com Filomena Gonçalves de fora - eu próprio escrevi ontem que se me fosse pedido era esse o conselho que daria à minha colega de Liceu que, repito, não merecia o que se passou e que foi vítima, em meu entender, de um processo que nasceu torno mas que mais torto ficou com a evolução e manipulação que se seguiu - ainda tentaram saber, perante a recusa de Carmo Caldeira, se a anterior Directora Clínica, Regina Rodrigues, estaria disponível para um reassumir de funções, mas parece que a mesma recusou. Diz quem sabe que a médica ficou agastada e se queixou da forma como foi tratada, quando se anunciaram alterações na referida DC. Apesar de estar associada ao gabinete de Pedro Ramos, a sua recusa de regresso ao cargo que desempenhou, e que muitos garantem não ter suscitado convulsões internas, apesar de se ter queixado da falta de meios para tomar decisões importantes em vários domínios da actividade hospitalar - pode ser também consequência da instabilidade que se foi criando junto da classe médica. Aliás a pacificação é uma das prioridades essenciais neste momento, para evitar mais estragos
Uma das críticas feitas a este processo tem, origem antes das eleições regionais, quando três médicos da mesma especialidade, alegadamente mantiveram varias reuniões - e delas deram testemunho público no Facebook - nas quais terão feito uma espécie de partilha de poder e influência em 3 ou 4 serviços hospitalares, tendo como cenário "irreversível" a vitória eleitoral de Paulo Cafofo que não se consumou.
Há quem garanta mesmo que mesmo antes das eleições regionais de Setembro, era público que, nalguns serviços hospitalares em concreto, e à revelia dos directores em funções, alguns nomes terão sido "sugeridos" numa primeira avaliação à reacção dos seus pares a essas alterações admitidas como possíveis. Aliás, confirmaram-me que um dos motivos do agastamento dos médicos, e dos directores dos serviços, teve a ver com o facto de muitos deles terem sido desautorizados "despedidos" antes das eleições regionais e sem que ninguém, com eles tenha falado. O pior foi que, com a derrota de Cafofo, essas manobras de bastidores atribuídas a esses três médicos da mesma especialidade hospitalar, acabaram por influenciar o processo de nomeação de um reduzido número de directores de serviços para "remediarem" a situação pessoal em que ficaram depois da derrota do PS-M e não ficarem "ridicularizados" perante os seus pares cujos nomes foram abusivamente (ou não?) usados nos meses de Julho a Setembro do ano passado na tal "sondagem" indevida que originou os focos de instabilidade que ainda hoje persistem. Mesmo assim nesses serviços hospitalares não houve a preocupação de alertar os titulares em funções para a proximidade de mudanças, evitando que eles apenas disso tivessem conhecimento através dos jornais. Vamos a ver como tudo isto acaba...
O  argumentário de Cafofo
Entretanto a esta "festa" só faltava mesmo o desaparecido e desautorizado Paulo Cafofo. Em declarações feitas hoje, para comentar a alegada "crise" na coligação, Cafofo terá referido que os problemas na Saúde resultam de uma falta de estratégia e que os problemas não se resolvem com alterações legislativas à medida para aumentar o conselho de administração do SESARAM ou dar lugares à medida através da alteração de regulamentos. Acho que Cafofo poderia ser mais concreto se tivesse consultado o seu principal conselheiro para a saúde que provavelmente lhe explicaria tudo o que aconteceu desde antes das regionais
Nuno Rosa na calha?
Perante a recusa de Carmo Cadeira, que continua relutante em aceitar o lugar, optando por regressar à sua especialidade de cirurgiã, aparece o nome do nefrologista Nuno Rosa, que fez parte da DC de Regina Rodrigues e que integra a actual DC liderada por Vítor Teixeira. Considerada uma pessoa de fácil relacionamento com os seus pares, a Nuno Rosa são atribuídos méritos diversos, enquanto integrou a DC de Regina Rodrigues, em diversas negociações com a tutela que beneficiaram toda a classe médica facto que lhe granjeou apoios variados. O problema é saber se este clínico, depois de tudo o que se passou com Filomena Gonçalves e com Carmo Caldeira, estaria disposto e disponível para aceitar o lugar.
E Vítor Teixeira?
Outra questão pendente, e finalmente, tem a ver com o facto do médico Vítor Teixeira, amigo e colega de Filomena Gonçalves, ter aceite a direcção clínica numa lógica de transitoriedade, mas ninguém sabe se ele admite prolongar esse mandato e continuar em funções. Colegas próximos de Vítor Teixeira admitem que o médico, que aceitou a função na lógica de que Filomena Gonçalves assumiria o lugar, estará indisponível em manter-se na DC por um período de tempo muito longo. Contudo não está posta de lado a possibilidade de VT continuar em funções (LFM)

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