Segundo o Dinheiro Vivo, "o Estado está a estudar a possível redução dos juros cobrados aos bancos que recorreram à linha de recapitalização concedida pela troika no memorando de entendimento, no montante de 12 mil milhões de euros, sabe o Dinheiro Vivo. Até agora, BCP e BPI foram as únicas instituições que recorreram à linha de 12 mil milhões de euros para a sua recapitalização, através de obrigações convertíveis (CoCos). Os montantes em causa são remunerados a um juro anual inicial de 8,5%, valor que irá subindo a cada ano até à amortização total do investimento do Estado. No caso do BCP, o Estado subscreveu três mil milhões de euros destes instrumentos híbridos, enquanto que no BPI o Estado subscreveu 1,5 mil milhões de euros. No entanto, o banco liderado por Fernando Ulrich realizou um aumento de capital de 200 milhões de euros, de forma a recomprar essa mesma quantia ao Estado, pelo que ficará com 1,3 mil milhões de euros em obrigações convertíveis. O sector já tinha defendido uma redução dos juros cobrados pela utilização do dinheiro da troika pela voz de Fernando Faria de Oliveira, chairman da Caixa Geral de Depósitos e presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB). "Seria desejável porque é um custo muito relevante para o conjunto dos bancos que utilizarem essas linhas, e que acaba sempre por se refletir um pouco nas condições de concessão de crédito, seja a particulares seja a empresas", afirmou o responsável em julho passado".
