Li no site da TVI que "o presidente do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) admitiu hoje que existem várias áreas em situação de «rutura total», porque tem «a conta a zero» e não pode efetuar pagamentos a fornecedores.«Estou solidário com os fornecedores porque também não tenho dinheiro na conta do SESARAM, tenho a conta a zero», disse Miguel Ferreira à agência Lusa quando confrontado com a notícia que de que a empresa que efetua o transporte de doentes não urgentes está hoje apenas a realizar serviços mínimos. O Diário de Notícias do Funchal noticiou hoje que o SESARAM tem uma dívida na ordem dos 300 mil euros à Empresa de Serviços dos Bombeiros da Região Autónoma da Madeira (ESB) e esta, em situação de dificuldades financeiras, porque viu também suspenso o abastecimento de combustível a crédito, não está a conseguir efetuar o transporte de todos os doentes. «Não posso fazer nada, há dificuldades na transferência dos dinheiros e se o ministro das Finanças não transfere para a região, se o Governo Regional não tem para transferir para o SESARAM eu não posso proceder a pagamentos se não tenho dinheiro na conta», sublinhou o responsável. Miguel Ferreira salientou que devido a estas dificuldades «há problemas em variadas áreas, que estão em rutura total». O responsável escusou-se a revelar quais são as situações mais problemáticas no serviço de saúde regional. O médico destacou que a verba de 11 milhões de euros que é atribuída mensalmente a este serviço, «quando deveria ser de 16 milhões, apenas dá para pagar os ordenados dos funcionários e as contribuições para a Segurança Social e Finanças, para não haver a aplicação das multas imediatas por incumprimento». Segundo Miguel Ferreira, o SESARAM tem «mensalmente um défice de milhões» e o que «entra nem dá para mandar cantar um cego», admitindo existirem ameaças de suspensão de outros bens, como fruta e legumes, além de serviços. «Pode ser que, se acontecer uma bronca a sério, alguém comece a olhar para isto, porque eu não tenho solução para o problema», vaticinou. O presidente do Serviço de Saúde disse ainda «acreditar que se o Governo não transfere o dinheiro é porque não tem», adiantando que já informou os responsáveis governamentais. «Ainda tinha uns restinhos e com uns pozinhos de um pagamento que nos efetuaram "vou rapar o tacho" a ver se consigo pagar à empresa de transportes 50 mil euros, mas o outro fornecedor de legumes e fruta só na segunda-feira», declarou”