sexta-feira, novembro 16, 2012

Serviço de Saúde da Madeira em risco de rutura total

Li no site da TVI que "o presidente do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) admitiu hoje que existem várias áreas em situação de «rutura total», porque tem «a conta a zero» e não pode efetuar pagamentos a fornecedores.«Estou solidário com os fornecedores porque também não tenho dinheiro na conta do SESARAM, tenho a conta a zero», disse Miguel Ferreira à agência Lusa quando confrontado com a notícia que de que a empresa que efetua o transporte de doentes não urgentes está hoje apenas a realizar serviços mínimos. O Diário de Notícias do Funchal noticiou hoje que o SESARAM tem uma dívida na ordem dos 300 mil euros à Empresa de Serviços dos Bombeiros da Região Autónoma da Madeira (ESB) e esta, em situação de dificuldades financeiras, porque viu também suspenso o abastecimento de combustível a crédito, não está a conseguir efetuar o transporte de todos os doentes. «Não posso fazer nada, há dificuldades na transferência dos dinheiros e se o ministro das Finanças não transfere para a região, se o Governo Regional não tem para transferir para o SESARAM eu não posso proceder a pagamentos se não tenho dinheiro na conta», sublinhou o responsável. Miguel Ferreira salientou que devido a estas dificuldades «há problemas em variadas áreas, que estão em rutura total». O responsável escusou-se a revelar quais são as situações mais problemáticas no serviço de saúde regional. O médico destacou que a verba de 11 milhões de euros que é atribuída mensalmente a este serviço, «quando deveria ser de 16 milhões, apenas dá para pagar os ordenados dos funcionários e as contribuições para a Segurança Social e Finanças, para não haver a aplicação das multas imediatas por incumprimento». Segundo Miguel Ferreira, o SESARAM tem «mensalmente um défice de milhões» e o que «entra nem dá para mandar cantar um cego», admitindo existirem ameaças de suspensão de outros bens, como fruta e legumes, além de serviços. «Pode ser que, se acontecer uma bronca a sério, alguém comece a olhar para isto, porque eu não tenho solução para o problema», vaticinou. O presidente do Serviço de Saúde disse ainda «acreditar que se o Governo não transfere o dinheiro é porque não tem», adiantando que já informou os responsáveis governamentais. «Ainda tinha uns restinhos e com uns pozinhos de um pagamento que nos efetuaram "vou rapar o tacho" a ver se consigo pagar à empresa de transportes 50 mil euros, mas o outro fornecedor de legumes e fruta só na segunda-feira», declarou”