quinta-feira, novembro 08, 2012

Presença de Miguel Relvas nos Açores marcada pela detenção de um jornalista

Segundo o site da SIC, “a presença de Miguel Relvas nos Açores ficou marcada por um incidente de segurança, que terminou com a detenção de um um jornalista freelancer, Nuno Ferreira, que deverá ser ouvido, ainda hoje, pela polícia. O jornalista, que estava hospedado no mesmo hotel do governante, é acusado de tentar, alegadamente, entrar no quarto do ministro, tendo sido impedido pela segurança. Nuno Ferreira, em declarações à agência Lusa, terá já desmentido o relato feito pelas autoridades. "Quando saí da esquadra, já corria a versão de que tinha tentado entrar no quarto do ministro, que vim atrás do ministro para a Horta, que tinha uma agenda igual à do ministro. Então, se era assim, porque me deixaram ficar neste quarto, com o ministro a dormir ao lado? Isso não faz sentido", alega. O jornalista garante que só se dirigiu ao ministro durante o almoço, no hotel. "Só o vi quando ele se levantou da mesa. Levantei-me também e perguntei-lhe como é que não tinha vergonha de continuar a andar por aí. Disse-lhe que se devia demitir. Ele disse-me que não me conhecia de lado nenhum e virou costas", afirmou. Depois deste incidente, Nuno Ferreira diz ter sido abordado por "três seguranças, dois mais pacíficos e um mais agressivo". Nuno Ferreira contou à Lusa que decidiu, no entanto, "fazer uma brincadeira" com o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e comprou uma cartolina onde escreveu 'Bem vindo sr. dr. Miguel Relvas, Angola gosta do senhor'. Depois desta situação, Nuno Ferreira contou que foi ao café Peter, junto à marina, e dali seguiu para o hotel onde estava hospedado. "Quando cheguei aqui, tinha três homens à minha espera no corredor", afirmou, acrescentando ter dito que "apenas não queria" que lhe batessem. "A partir daí foi o descalabro total, fui algemado, tratado como um cão e levado numa carrinha da PSP para a esquadra", contou, salientando que foi "bem tratado" pelos agentes policiais na esquadra. Nuno Ferreira, que afirmou não ter conhecimento das acusações que lhe são feitas, disse que se preparou para passar a noite na cela, estranhando, por isso, que o deixassem regressar ao hotel, o mesmo onde também pernoitou o ministro”.
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