Segundo o site da SIC, "a embaixada da Alemanha em Lisboa disse hoje que apenas no domingo tomou conhecimento do filme sobre Portugal cuja exibição foi proibida na Alemanha, adiantando que não houve quaisquer contactos entre a embaixada e Marcelo Rebelo de Sousa. O filme, intitulado "Eu sou um berlinense" ("Ich bin ein Berliner") pretendia apresentar aos alemães alguns dados sobre a realidade portuguesa das últimas quatro décadas, num resumo de quase cinco minutos. Os autores tinham comprado espaço em locais na Alemanha para a exibição do filme durante este fim de semana, antes da visita de Merkel a Portugal, prevista para hoje, mas a sua difusão não foi autorizada porque as autoridades alemãs consideraram que a mensagem "era politizada". O 'bloguer' Rodrigo Moita de Deus, autor do filme, afirmou que a intenção não é ofender os alemães, mas fazê-los compreender um pouco mais a realidade em que vivem os portugueses. Rodrigo Moita de Deus manifestou também o seu protesto numa carta ao embaixador alemão em Portugal, na qual salienta que "todos os dados referidos no filme são factos históricos facilmente comprováveis e dados estatísticos. A realização de um filme que informasse os alemães sobre Portugal e os portugueses foi sugerida há duas semanas por Marcelo Rebelo de Sousa, na sua crónica na TVI. "Não houve, relativamente a esta matéria, quaisquer contactos entre o professor Rebelo de Sousa e a embaixada, muito menos entre ele e o embaixador. Foi apenas no momento da sua transmissão que colaboradores da embaixada tomaram conhecimento de partes do vídeo mostrado na noite de domingo na televisão portuguesa e apresentado como tendo sido sugerido pelo professor Rebelo de Sousa", esclareceu a embaixada em nota enviada hoje à comunicação social. O esclarecimento da missão diplomática surge em resposta "a informações que têm circulado em diversos meios de comunicação social acerca de alegadas tentativas da Embaixada da Alemanha em Lisboa ou de outras entidades alemãs de impedir a transmissão do vídeo". "Nem antes nem após esta transmissão houve quaisquer contactos com o embaixador, nem com outros colaboradores competentes da embaixada, em que este vídeo tenha tido algum papel", acrescenta. "Assim sendo, a sua transmissão não pode ter sido 'impedida' pela embaixada. A embaixada, assim como todos os órgãos oficiais alemães, defende a liberdade de opinião e de informação", conclui a nota"
