SIC: lembram-se do caso da Adriana?
Maria Gorete nunca chegou a saber o que aconteceu à filha, Adriana? Adriana Silva tinha dois meses quando foi transferida do Funchal para Lisboa por causa de um problema cardíaco. Viajou só com uma enfermeira, mas o hospital nunca enviou informações à família. Durante 20 anos, os pais pensaram que a filha tinha morrido até que descobriram que não havia certidão de óbito. Pediram ajuda ao programa "Casos de Polícia" que há dez anos investigou o caso. Adriana nasceu no Funchal a 15 de Janeiro de 1977. Dois meses depois foi então transferida para o Hospital de Santa Marta, em Lisboa, para uma operação ao coração. Acompanhar a criança era impossível para um casal que na altura vivia com 20 euros por mês. Quase seis meses depois, uma carta informa que Adriana não tinha sobrevivido à operação. Mas o corpo nunca chegou à Madeira e não houve mais notícias do hospital. A família conformou-se com a morte de Adriana e foi esta a verdade que a mãe aceitou até 1998. Na altura, Maria Gorete teve de ir à Conservatória do Registo Civil de Câmara de Lobos buscar um documento para um filho. Foi então informada que não havia nenhum óbito registado em nome de Adriana. Há dez anos, a SIC procurou descobrir o que afinal tinha acontecido à criança: troca de identidade? Rapto? Morte? Interesse científico? Foi nesta incerteza que terminou a reportagem de 1999. O Perdidos e Achados desta semana retoma as pontas deste mistério. Um trabalho da Jornalista Ana Paula Félix, com imagem de Vítor Caldas, edição de João Nunes, produção de Eduarda Batalheiro e Diana Matias, coordenação da jornalista Sofia Pinto Coelho e direcção de Alcides Vieira. Veja a reportagem, emitida há dias pela SIC, aqui.
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