Os Açores são a sub-região portuguesa com o segundo pior índice global de desenvolvimento regional. É o que revelam os dados relativos a 2006 recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que avaliam a competitividade, a coesão e a qualidade ambiental das trinta sub-regiões de Portugal em 2006. Segundo o Açoriano Oriental, num texto do jornalista João Cordeiro, que “os Açores são a sub-região portuguesa com o segundo pior índice global de desenvolvimento regional. É o que revelam os dados relativos a 2006 recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que avaliam a competitividade, a coesão e a qualidade ambiental das trinta sub-regiões de Portugal em 2006.É no factor ‘coesão’, que tem em conta níveis de equidade de condições de vida, em termos sociais e económicos, que os Açores obtêm o pior resultado - também 29º - num ‘ranking’ em que metade nas sub-regiões do País conseguem ficar acima da média nacional. No que diz respeito à competitividade, que avalia a capacidade de penetração nos mercados e o crescimento económico, os Açores ocupam o meio da tabela (16º), sendo que apenas Grande Lisboa, Baixo Vouga, Grande Porto, e Entre Douro e Vouga conseguem superar a média do País, as últimas duas, apenas tangencialmente.No índice da qualidade ambiental, expressa numa dupla e integrada perspectiva de condições ambientais de vida na região e de sustentabilidade ambiental dos processos de desenvolvimento económico, social e territorial, a Região Autónoma dos Açores é a 18ª classificada, conseguindo, no entanto, um resultado ligeiramente acima da média nacional, e logo acima da Grande Lisboa. Note-se que neste parâmetro apenas nove das trinta sub-regiões obtêm resultados abaixo da média geral. Para cada um dos três componentes analisados, contaram vários “factores indispensáveis à expressão da noção de desenvolvimento e interactuantes: potencialidades (as condições para o desenvolvimento), comportamento dos actores políticos, económicos e sociais (os processos) e eficácia em termos de resultados”, explica o documento do INE. Relativamente ao ano de 2004 (dados anteriores mais recentes), os Açores aparecem, neste estudo com dados de 2006, no grupo das sub-regiões com maior variação negativa da competitividade, a par da Madeira e Baixo Mondego, e no grupo das sub-regiões com variações mais positivas da coesão e qualidade ambiental, juntamente com Pinhal Interior Sul, Baixo Mondego e Douro. Tendo em conta o mesmo período, os Açores registaram uma das três maiores convergências face à média nacional na coesão e uma das três maiores divergências na competitividade.
Resultados nacionais
A nível nacional, apenas cinco sub-regiões conseguem superar a média do índice global de desenvolvimento regional: Grande Lisboa, Pinhal Litoral, Baixo Vouga e, marginalmente, Beira Interior Sul e Baixo Mondego. Os resultados deste estudo reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de desenvolvimento global e de competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que em menor escala, mais equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental. Apesar da assimetria verificada no parâmetro ‘competitividade’, entre 2004 e 2006, 17 sub-regiões convergiram relativamente ao nível de desempenho nacional. No mesmo parâmetro de análise, nota-se uma diferenciação entre o Litoral e o Interior, com dominância do Litoral. Quanto à qualidade ambiental acontece o contrário: o interior consegue, em média, melhores resultados. Apesar de haver um maior equilíbrio no factor ‘coesão’, verifica-se alguma predominância das sub-regiões do Centro e Sul face ao Norte. Entre 2004 e 2006, o índice da qualidade ambiental foi aquele que registou o maior crescimento (1%), seguindo-se o índice global de desenvolvimento e o índice de competitividade, com valores positivos, mas inferiores, respectivamente, 0,2 e 0,1 por cento. Já o índice de coesão registou um decréscimo de 0,4 por cento.
Lisboa contrasta com Algarve e Lezíria
A Grande Lisboa é a única sub-região que se situa acima da média em todos os índices do estudo do INE, equanto Lezíria do Tejo e Algarve, as únicas que ficam sempre abaixo da média nacional. O facto de não haver mais sub-regiões com comportamentos homogéneos em todos os índices é, segundo o documento do INE, “revelador da complexidade do desenvolvimento regional, quando interpretado sob uma perspectiva multidimensional”. Isto, porque existem tensões entre os fenómenos representados em cada um dos parâmetros do estudo. O resultado mais frequente, obtido por treze sub-regiões, entre as quais os Açores, caracteriza-se por uma competitividade e coesão abaixo da média nacional, mas com uma qualidade ambiental maior que a média das trinta sub-regiões”. Atenção: não sou o autor deste texto! Mas posso perguntar: alguém leu notícia(s) sobre este tema? Obviamente que não. Incomoda. Estudos sérios, indiacdores oficiais e públicos são estes, não os que alegadamente os partidos recolhem e depois manipulam como querem.
Resultados nacionais
A nível nacional, apenas cinco sub-regiões conseguem superar a média do índice global de desenvolvimento regional: Grande Lisboa, Pinhal Litoral, Baixo Vouga e, marginalmente, Beira Interior Sul e Baixo Mondego. Os resultados deste estudo reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de desenvolvimento global e de competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que em menor escala, mais equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental. Apesar da assimetria verificada no parâmetro ‘competitividade’, entre 2004 e 2006, 17 sub-regiões convergiram relativamente ao nível de desempenho nacional. No mesmo parâmetro de análise, nota-se uma diferenciação entre o Litoral e o Interior, com dominância do Litoral. Quanto à qualidade ambiental acontece o contrário: o interior consegue, em média, melhores resultados. Apesar de haver um maior equilíbrio no factor ‘coesão’, verifica-se alguma predominância das sub-regiões do Centro e Sul face ao Norte. Entre 2004 e 2006, o índice da qualidade ambiental foi aquele que registou o maior crescimento (1%), seguindo-se o índice global de desenvolvimento e o índice de competitividade, com valores positivos, mas inferiores, respectivamente, 0,2 e 0,1 por cento. Já o índice de coesão registou um decréscimo de 0,4 por cento.
Lisboa contrasta com Algarve e Lezíria
A Grande Lisboa é a única sub-região que se situa acima da média em todos os índices do estudo do INE, equanto Lezíria do Tejo e Algarve, as únicas que ficam sempre abaixo da média nacional. O facto de não haver mais sub-regiões com comportamentos homogéneos em todos os índices é, segundo o documento do INE, “revelador da complexidade do desenvolvimento regional, quando interpretado sob uma perspectiva multidimensional”. Isto, porque existem tensões entre os fenómenos representados em cada um dos parâmetros do estudo. O resultado mais frequente, obtido por treze sub-regiões, entre as quais os Açores, caracteriza-se por uma competitividade e coesão abaixo da média nacional, mas com uma qualidade ambiental maior que a média das trinta sub-regiões”. Atenção: não sou o autor deste texto! Mas posso perguntar: alguém leu notícia(s) sobre este tema? Obviamente que não. Incomoda. Estudos sérios, indiacdores oficiais e públicos são estes, não os que alegadamente os partidos recolhem e depois manipulam como querem.
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