Segundo li no DN, Manuela Moura Guedes "não tem convicções sobre a inocência de José Sócrates no caso Freeport, mas admite que o facto de o primeiro-ministro a ter processado a “condiciona” e fá-la sentir-se “mais limitada”. Em entrevista ao jornal “Expresso”, a apresentadora do Jornal Nacional de sexta-feira, diz que a comunicação social é subserviente e que a polémica do Freeport, se fosse com o ex-primeiro-ministro Santana Lopes, este “já tinha ido à vida várias vezes”. Esta entrevista foi dada antes de ser conhecido o parecer da Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) sobre o ‘Jornal Nacional’ das sextas-feiras. O jornal ‘I’ publicou também uma entrevista a Moura Guedes, esta já depois de a ERC se ter pronunciado. A jornalista diz que “Portugal bateu no fundo em termos de liberdade de informação”. O jornal fez um levantamento das frases mais importantes. Deixo algumas:
Sobre a discussão com Marinho e Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados
- “Fiz aquilo que devia ser feito. O bastonário dispara para o ar e eu confrontei-o de forma directa, como se como ele costuma fazer. Estou a confrontá-lo e ele pode responder. Não estou em frente a um bebé indefeso.”
Sobre a incomodidade sentida com os anteriores Governos
- “De alguma forma, mas eles eram anjinhos, comparados (com este Governo). Meu Deus do céu, verdadeiros anjinhos.”
Sobre José Sócrates e a comunicação social
- “É ver a informação em Portugal. Se não fosse tão subserviente, o primeiro-ministro poderia fazer aquele número inacreditável, dirigindo-se ao país para criticar um jornal da forma como o fez?
- Há bons jornalistas, que se estão nas tintas para as subserviências. Mas a maioria não presta mesmo, é uma porcaria.”
Sobre Sócrates e o caso Freeport
- “Nem tenho convicção sobre isso [inocência de Sócrates]. Só dou notícias. Mas politicamente acho isto muito complicado.
- Imagine isto com Santana Lopes. Já tinha ido à vida 50 vezes.”
Sobre o processo de Sócrates contra si
- “Agora sinto que tenho de ter mais cuidado, Estou muito mais limitada. Sinto-me condicionada”.
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