quarta-feira, outubro 04, 2023

Madeira: o lamentável jogo mentiroso da oposição à esquerda

 

A nossa oposição, de forma cretina ou não - provavelmente sim - continua a enganar os madeirenses com as suas histórias inventadas, tentando convencê-los que existe uma alternativa de governo sem o PSD e, obviamente, sem o Chega pois não acho minimamente plausível que PCP e Bloco, nem falo dos outros, alguma vez pedissem o apoio do Chega para qualquer solução parlamentar, assim como não acredito que alguma vez o Chega votasse fosse o que fosse ao lado da esquerda que tanto o diaboliza.

Portanto:

  • Total de mandatos, 47 (maioria absoluta só com 24 deputados)
  • Deputados do PSD, 20
  • Deputados do Chega, 4
  • Remanescente, 23

Portanto, estamos a falar de 24 deputados – 20 do PSD e 4 do Chega - que ficariam fora de qualquer negociata política parlamentar de esquerda que nunca excederia os 23 deputados, ou seja, um flop sem maioria absoluta, e contanto com os 3 deputados do CDS. Ora ninguém hoje duvida que se o CDS alinhasse numa negociata dessas na RAM, provavelmente isso seria o fim do partido que para além de não querer saber o que hoje vale eleitoralmente, teme que,  também na Madeira, o destino que os eleitores lhe possam reservar possa ser semelhante ao que aconteceu em 2019 em Lisboa, na eleição da Assembleia da República: 0 eleitos e o partido ostracizado da agenda parlamentar e mediática onde ainda consegue uma réstia graças ao lugar europeu do Nuno Melo que pelo menos até 2024 subsistirá.

Portanto, e obviamente deixando esses 3 deputados regionais do CDS em banho-maria, ou seja, sem os contabilizar para alimentar a tal falsidade mentirosa que a esquerda propaga, qual deambulação matemática, é indesmentível que qualquer negociata alegadamente alternativa que a esquerda pateticamente tenta vender aos eleitores, e que até é pretexto para criticar o entendimento celebrado pelo PAN, é uma mentira promovida por gente que insiste em enganar aos cidadãos eleitores.

Quer isto dizer que:

  • Total de mandatos, 47 (maioria absoluta só com 24 deputados)
  • Deputados do PSD, 20
  • Deputados do Chega, 4
  • Deputados do CDS, 3
  • Remanescente, 20 (tanto como os deputados do PSD)

Mas não ficamos por aqui. Com estes 20 mandatos do outro lado, a chamada esquerda até à extrema-esquerda, passando pela esquerda populista comete o erro de dar por adquirido que o deputado da Iniciativa Liberal seria uma espécie de “fava contada” na banda, algo que não acredito que alguma vez acontecesse, e muito menos de forma tão fácil e linear. Assim sendo, nesta contabilidade parlamentar viciada e mentirosa dessa esquerda toda – mentirosa quando fala convicta e insistentemente na existência de uma falsa alternativa política na Madeira, depois de 24 de Setembro - coloco também o deputado da IL na tal situação de banho-maria, pelo que restam apenas 19 deputados da tal esquerda especialista em tudo menos matemática parlamentar, 19 deputados (incluindo a deputada do PAN, tão criticada pela tal esquerda toda devido ao entendimento subscrito com o PSD) que são menos que os 20 mandatos do PSD sozinho!

Nesta conformidade, temos então:

  • Total de mandatos, 47 (maioria absoluta só com 24 deputados)
  • Deputados do PSD, 20
  • Deputados do Chega, 4
  • Deputados do CDS, 3
  • Deputado da IL, 1
  • Remanescente, 19, incluindo a deputada do PAN

Como é que esta esquerda toda “fazedora” de sonhos - que depois tenta vender aos eleitores, não como ilusões ridículas, mas como “verdades” assentes em pés de barro – queria governar e alegar ter uma alternativa? Com esta alternativa de 19 deputados em 47 mandatos? Queriam governar com 19 deputados e obrigar 28 a um voto de silêncio? Como é que se atrevem sequer a vender o discurso da alternativa inexistente e confirmada perante esta realidade inegável e factual dos números oficiais? Por amor de Deus, acabem com isso. Sejamos sérios ao menos uma vez!

E, finalmente: acham mesmo que eleições regionais antecipadas devido a um impasse parlamentar e, consequentemente governamental, ficaria tudo na deixaria tudo na mesma e que os pequenos partidos teriam os mesmos votos, sobretudo se o impasse se ficasse a dever a uma crise política provocada por um deles? E que os abstencionistas do PSD ficariam de novo em casa como fizeram em 24 de Setembro convencidos pelas sondagens que já tinham ganho? Ou que os eleitores do PS que não votaram, convencidos que já tinham perdido as eleições, convencidos obviamente pelas sondagens, ou os que votaram útil noutros partidos partindo desse pressuposto errado da derrota antecipada, sem que dai resultasse nada de útil e de concreto para a estabilidade política necessária à RAM nestes tempos ainda conturbados e de incerteza – a nossa dependência do exterior é imensa - votariam da mesma forma? Então, se acreditam nisso, vamos a eleições? (LFM)

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