sexta-feira, fevereiro 12, 2021

Nota: a covid e as..."comorbidades" associadas que ninguém explica às pessoas

Sempre que se anuncia o falecimento de uma pessoa devido ao covid19 a lenga-lenga das entidades oficiais - que pensam que estão a falar para pessoas com a mesma capacidade de percepção do que se passa - acham que a frase-chapa 5 "tinha várias comorbidades associadas" explica tudo. Não explica como o deve fazer.

Em linguagem médica, acho que não cometo um erro, quando se fala em comorbidade falamos da presença ou associação de duas ou mais doenças numa mesma pessoa.

Li que "uma das características da comorbidade é que existe a possibilidade de as patologias se potencializarem mutuamente, ou seja, uma provoca o agravamento da outra e vice-versa. Além disso, a comorbidade pode dificultar o diagnóstico e influenciar o prognóstico" (por exemplo, há uma comorbidade no caso de uma pessoa que sofra de hipertensão arterial e de glaucoma). Repito, falamos da associação de duas ou mais doenças que aparecem em simultâneo num mesmo paciente.

Uma pessoa que morre devido ao covid19 - independentemente de terem existido casos no estrangeiro de mortes por causas directamente associadas aos efeitos do covid19 em pacientes sem outro historial clínico mas que acabaram por falecer - é vítima dos efeitos do vírus no seu sistema imunológico (sistema imunológico, é um conjunto de órgãos, tecidos e células responsáveis pelo combate a microrganismos invasores, impedindo, assim, o desenvolvimento de doenças) e no seu estado de saúde, fragilizando-o e tornando-o demasiado vulnerável e frágil para reagir com determinação ao avanço da doença. Essa vulnerabilidade do paciente, associada à inevitável fragilidade provocada pelo covid19, acabam por ser a causa do falecimento, dado que agravam as doenças que o paciente em causa já tinha antes  (as tais comorbidades) de ter sido infectado com a covid19. Julgo que as mais de 15 mil mortes registadas em Portugal até hoje e as 60 mortes na RAM foram sempre anunciadas como “mortes covid19 em pacientes com comorbidades associadas”  (LFM)

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