quarta-feira, fevereiro 17, 2021

Movimentos políticos de França e Itália formam aliança e criam referendo para sair da UE

 


O político francês Charles-Henri Gallois afirmou que os próximos países a saírem da União Europeia (UE) seriam a França ou a Itália, depois do Reino Unido que deixou o bloco definitivamente desde o dia 1 de janeiro de 2021. Em conversações com o eurodeputado Martin Daubney a propósito do Brexit, Gallois disse que “definitivamente França e Itália eram os dois países mais interessados em deixar a moeda euro e a União Europeia”. “A covid-19 foi uma catástrofe para a gestão da UE. Portanto, penso que será algo a nosso favor, lançámos uma petição para pedir o referendo do Brexit, como aconteceu no Reino Unido”, disse, citado pelo jornal britânico Express. Como explicou o político, o objetivo passa por reunir mais pessoas, mais assinaturas e pressionar o futuro candidato às eleições presidenciais de França ou de Itália para incluir o referendo nos seus objetivos políticos, da mesma forma que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, fez.

“Penso que a mente italiana mudou para as próximas eleições, em 2023, e estamos a trabalhar com o partido Italexit, em conjunto com o movimento europeu Frexit. Por isso, estamos definitivamente a tentar retirar a Europa de cada país”, disse ainda. As declarações vêm depois de o primeiro-ministro britânico Boris Johnson ter ameaçado suspender o acordo do Brexit relacionado com a Irlanda do Norte, uma vez que o governante avisou Bruxelas que atuará para impedir que sejam colocadas barreiras comerciais no Mar da Irlanda. Assim, Johnson ameaçou invocar um artigo que permite suspender o Protocolo da Irlanda do Norte se a União Europeia recusar simplificar os controlos aduaneiros pós-Brexit.

A primeira-ministra da Irlanda do Norte, Arlene Foster, disse que o Protocolo em causa arriscava os “laços políticos e económicos” do país com o Reino Unido e apelou à sua substituição. O acordo sobre a Irlanda do Norte foi visto como uma forma de resolver o principal ponto de atrito nas negociações do Brexit – a fronteira irlandesa. O governo britânico propôs tolerância na circulação de certos produtos, incluindo medicamentos e encomendas postais entre o Reino Unido e a Irlanda do Norte, para aliviar os problemas registados pós-Brexit.

Desde que o Reino Unido deixou definitivamente o mercado único europeu, as mercadorias que se deslocam entre o Reino Unido e o bloco europeu passaram a ser sujeitos a controlos alfandegários e veterinários, incluindo alguns produtos britânicos que vão para a Irlanda do Norte porque a região faz fronteira com a Irlanda (Executive Digest, texto da jornalista Mara Tribuna)

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