A disparidade na Europa no que diz respeito a ganhos líquidos anuais é evidente, o que tem um impacto significativo nas decisões de contratação e emprego. Essas diferenças, explica a ‘Euronews’, podem resultar de regulamentações, leis laborais, setores industriais e desenvolvimento económico específicos de cada país. Os países do Norte e da Europa Ocidental registam os rendimentos líquidos médios mais elevados, ao passo que os países da Europa Oriental e do Sul apresentam valores muito inferiores.
Como se comparam os rendimentos médios na Europa?
O rendimento líquido médio anual é calculado subtraindo os impostos sobre o rendimento e as contribuições para a Segurança Social do rendimento anual bruto, adicionando depois os abonos de família. As diferentes situações familiares, como o facto de ser solteiro ou casado e o número de filhos a cargo, têm impacto no rendimento líquido.
E como está ordenada a Europa?
1º Suíça – 85.582 euros
2º Islândia – 53.885 euros
3º Luxemburgo – 49.035 euros
4º Noruega – 45.798 euros
5º Países Baixos – 45.249 euros
6º Irlanda 43.151 euros
7º Dinamarca – 41.931 euros
8º Áustria – 38.457 euros
9º Alemanha – 38.086 euros
10º Finlândia – 36.475 euros
11º Reino Unido (2019) – 35.783 euros
12º Bélgica – 35.604 euros
13º Suécia – 33.926 euros
14º Média da União Europeia – 28.217 euros
15º Itália – 24.207 euros
16º Espanha – 23.568 euros
17º Chipre – 22.913 euros
18º Malta – 20.466 euros
19º Grécia – 17.707 euros
20º Eslovénia – 17.548 euros
21º Estónia – 17.524 euros
22º Rep. Checa – 17.168 euros
23º PORTUGAL – 16.943 euros
24º Lituânia – 14.557 euros
25º Polónia – 14.425 euros
26º Letónia – 13.522 euros
27º Eslováquia – 12.744 euros
28º Hungria – 12.456 euros
29º Croácia – 12.330 euros
30º Roménia – 11.105 euros
31º Bulgária – 9.355 euros
32º Turquia – 8.968 euros.
Segundo dados do Eurostat, serviço oficial de estatísticas da União Europeia, é a Suíça que encabeça a lista com um impressionante rendimento líquido médio anual de 85.582 euros, significativamente mais elevado do que qualquer outro país da região – os números são demonstrativos das diferenças substanciais de rendimento que existem na Europa, até mesmo entre as nações mais ricas do continente.
Salários ajustados pelo PPC
Quando se efetua o ajustamento pelo poder de compra padrão (PPC), o panorama muda ligeiramente – recorde-se que o PPC é uma unidade monetária artificial que ajusta as diferenças de nível de preços entre países.
E como fica Portugal? ‘Entalado’ entre Eslovénia e Roménia, com 19.232 PPS (‘Purchasing power standards’), mais perto da ‘lanterna-vermelha’ Eslováquia (com 14.758 PPS) do que da média da União Europeia (27.530 PPS). A Suíça continua a ser o país mais alto, com 47.403 PPS, mas a diferença em relação aos outros países diminui. Este valor sublinha a forte posição económica e o elevado nível de vida suíço, que ultrapassa substancialmente outras nações da região.
A seguir vêm os Países Baixos e a Noruega, que também apresentam rendimentos líquidos robustos, com 38.856 PPS e 36.288 PPS, respetivamente. O Luxemburgo e a Áustria completam os cinco primeiros, com mais de 35.000 PPS. Estes países, predominantemente localizados na Europa do Norte e Ocidental, beneficiam de economias fortes, infraestruturas avançadas e legislação laboral favorável, o que contribui para os seus elevados rendimentos.
Ganhos líquidos mais baixos na Europa Oriental e do Sul
Em contrapartida, os países da Europa Oriental e do Sul registam geralmente rendimentos líquidos médios mais baixos em termos de PPS (Executive Digest, texto do jornalista Francisco Laranjeira)
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