domingo, março 03, 2024

Comprar casa na Madeira está cada vez mais caro. Região atrai mais cliente estrangeiros e investidores

Na Madeira, os números evidenciam uma tendência generalizada de subida do preço médio de venda dos imóveis em 2023, face a 2022, numa proporção que está bem acima da média nacional. A ERA Portugal acaba de divulgar as principais conclusões de um estudo feito com base nos dados relativos à operação da sua rede imobiliária na Região Autónoma da Madeira durante o ano de 2023, que mostra que o preço médio de venda dos imóveis na região rondou os 200 mil euros, o que representa um aumento de aproximadamente 9% em relação aos 183 mil euros registados no ano anterior.

Tanto os apartamentos (+29%) como a moradias (+5%) registam um aumento no preço médio em 2023 quando comparado ao ano anterior, no entanto, os apartamentos acabam por se destacar ao passarem de aproximadamente 170 mil euros para 219 mil euros em média. Por outro lado, os terrenos passaram de um valor médio de 112 mil euros em 2022 para 83 mil euros em 2023 (-26%). Os dados mostram ainda que são os apartamentos T2 (+20%), T0 (+25%) e T1 (+23%) que registam maior subida de preços. Na ponta oposta encontram-se os apartamentos T4 cuja subida foi apenas de 1%. Em relação aos concelhos do Arquipélago, o Funchal (+24%), Ponta do Sol (+56%) e Santa Cruz (+15%) evidenciam crescimento dos preços. Por outro lado, registam-se quebras na Calheta (-52%), Santana (-52%) e Câmara de Lobos (-32%).

O Top 5 das nacionalidades dos clientes que mais compraram na Madeira em 2022 era composto por portuguesa, britânica, alemã e norte-americana. Em 2023 mantêm-se todas, alterando-se a ordem no ranking entre Alemanha e Reino Unido, à exceção dos Estados Unidos que são ultrapassados pela Bélgica.

“O mercado imobiliário da Madeira enfrenta o mesmo problema estrutural que o do continente: oferta demasiado limitada para tanta procura. Nesta região o problema adensa-se porque, como sabemos, é muito procurada por estrangeiros com elevado poder de investimento que apreciam a qualidade de vida, clima e segurança que se vive na região”, afirma Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.

Já para Nélia Neves, franquiada da ERA Funchal Sé, existem quatro motivos que justificam este fenómeno: “Forte procura do mercado estrangeiro e pouca oferta. Mesmo com o mercado residente a perder poder de compra devido à subida das taxas de juro, a procura estrangeira colmatou em grande parte essa diferença; muitos estrangeiros a estabelecerem-se definitivamente na Madeira (lazer, reforma ou trabalho remoto); estrangeiros que compram imóveis para rentabilizar / arrendar; e, por fim, a subida de preços tem também origem na grande quantidade de investidores na Madeira, que dispõem de muito capital para investir e revender” (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)

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