terça-feira, outubro 17, 2023

Segurança Social continua com excedente em 2024. Na próxima década entra em défice, mas almofada das pensões cobre-o

O Governo estima que o aumento das pensões e do indexante de apoios sociais (IAS) em torno dos 6,2% custe mais €2,3 mil milhões aos cofres da Segurança Social. A despesa é estrutural, repete-se todos os anos no futuro, mas estará longe de relançar o fantasma da “falência” financeira do sistema, que há um ano o Governo parecia recear. No próximo ano o crescimento económico abranda para 1,5%, a taxa de emprego estabiliza (deverá crescer 0,4%) mas, fruto de um novo aumento do salário mínimo para €820 e da subida dos salários médios, o Governo antecipa um novo crescimento dos descontos para a Segurança Social. Ao todo, as contribuições e quotizações, que têm batido sucessivos recordes, surpreendendo as melhores expectativas do Governo, deverão crescer mais 5,3% (para €26,3 mil milhões). Por isso, mesmo com as despesas a subir, a Segurança Social deverá fechar com um excedente de €3,9 mil milhões (este ano deverá ser de €4,9 mil milhões). A longo prazo, as previsões são mais incertas, os números mais voláteis, mas as simulações feitas para diversos cenários afastam os fantasmas da falência do sistema de pensões. As projeções económicas que acompanham a proposta de OE para 2024 continuam a concluir que na década de 2030 será necessário lançar mão da chamada almofada das pensões, para conseguir cobrir as despesas, mas esta almofada estará bem apetrechada, e não se esvaziará até 2070 (pelo menos) (Expresso, texto da jornalista ELISABETE MIRANDA)

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