O alerta é dado pelo presidente da Comissão de
Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos, em entrevista ao Negócios e à Antena
1. Constrangimentos na construção, devido à inflação e escassez de
matérias-primas, podem atrasar entrega de 190 habitações sociais apoiadas na
Madeira. O presidente da Comissão de Acompanhamento do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, considera que a atribuição de habitações
na região autónoma da Madeira pode derrapar, devido às dificuldades existentes
na construção, com a subida da inflação. O alerta foi dado numa entrevista ao
Negócios e à Antena 1.
"Há aqui, diria, um risco adicional
porque temos algumas metas, até final do ano, como é o caso da entrega de
habitações na Madeira, que podem naturalmente colocar em causa [um novo pedido
de desembolso do PRR]", referiu Pedro Dominguinhos. O gestor e
"monitor" do PRR referiu que as dificuldades que a indústria da
construção está a sentir são conhecidas e verificam-se por via "quer pelo
aumento dos preços e, sobretudo, pela escassez de matérias-primas".
O acordo estabelecido com Bruxelas prevê que,
até ao final deste ano, sejam 190 habitações sociais apoiadas a famílias que
vivam em condições indignas e que não dispõem de capacidade financeira para
suportar o custo do acesso de uma habitação adequada. Essas habitações têm de
ter "necessidades energéticas primárias, pelo menos, 20% inferiores aos
requisitos dos edifícios com necessidades quase nulas de energia" e, pelo
menos, "90 metros quadrados".
Pedro Dominguinhos sublinhou, no entanto, que "há um conjunto de metas que até agora foram cumpridas e a perspetiva de serem cumpridas no próximo pedido de reembolso também são elevadas", colocando Portugal mais perto de apresentar um novo pedido de desembolso de mais verbas do PRR no primeiro trimestre do próximo ano (Jornal de Negócios, texto da jornalista Joana Almeida)
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