sexta-feira, março 05, 2021

Covid-19: Um terço dos hotéis não sabe se abre este ano e quase 50 mil cafés e restaurantes estão em risco de fechar

A pandemia levou a uma paralisação das atividades económicas que afetou, principalmente, a hotelaria e a restauração. Milhares de estabelecimentos estão em risco de fechar ou não sabem se vão conseguir abrir portas este ano. De acordo com dados avançados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), citada pelo Negócios, um terço dos hotéis (mais de 30%) não sabem se vão abrir este ano. O início da campanha de vacinação não teve o impacto esperado sobre as reservas na hotelaria. E a maioria das que já estão feitas são reembolsáveis.

Após um ano com perdas superiores a 70%, a maior parte dos hotéis só espera regressar aos níveis de 2019 daqui a dois anos, a partir de 2023. No ano passado, durante a primeira vaga da pandemia, uma grande proporção dos hotéis esteve encerrada, sendo os meses de abril e maio os que tiveram o pior registo (cerca de 80% fechou portas). No inverno, o setor voltou a fechar portas, com mais de 40% da hotelaria a encerrar em novembro e dezembro. Em janeiro e fevereiro deste ano, a situação piorou: mais de 64% dos hotéis estiveram encerrados.

Paralelamente, também os cafés e restaurantes estão a passar por um dos piores momentos, devido à crise pandémica. De acordo com dados avançados pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), citados pelo Jornal de Notícias (JN), 30 mil a 50 mil dos cafés e restaurantes portugueses estão em risco de falir. Um inquérito feito pela AHRESP, em 1042 estabelecimentos concluiu que “36% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade”.

Já a Associação Nacional de Restaurantes Pro.Var estima um cenário pior – “cerca dos 50 mil dos 90 mil restaurantes e similares que existem no país estão em situação de falência”. Estes dados apresentados pelo JN resultam de um inquérito feito pela associação a 621 estabelecimentos ao longo do mês de janeiro (Executive Digest)

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