terça-feira, dezembro 15, 2020

Turismo impulsionou PIB das regiões de Lisboa, Algarve e Açores em 2019

Segundo o INE, para o crescimento real do PIB na Área Metropolitana de Lisboa, no Algarve e nos Açores contribuíram significativamente os ramos do comércio, transportes e alojamento e restauração, atividades relacionadas com o turismo e com relevância significativa na estrutura produtiva daquelas regiões,

A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve (ambas com um incremento de 2,6%), a Região Autónoma dos Açores (crescimento de 2,4%) e o Centro (evolução positiva de 2,3%) foram as quatro regiões do país que, em 2019, registaram um crescimento do PIB regional, em termos reais, acima da média nacional (2,2%). No Norte o crescimento foi idêntico ao do país. Já na Região Autónoma da Madeira e no Alentejo registaram-se variações mais ligeiras (0,8% e 0,6%, respetivamente).

Os números, que surgem nos dados preliminares das contas regionais de 2019 elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e divulgado esta terça-feira, informam que para o crescimento real do PIB em Lisboa, no Algarve e nos Açores contribuíram significativamente os ramos do comércio, transportes e alojamento e restauração, atividades relacionadas com o turismo e com relevância significativa na estrutura produtiva daquelas regiões, que registaram aumentos do valor acrescentado bruto (VAB), em volume, de 4,8%, 3,7% e 6,5%, respetivamente.

Já o Norte, que embora tenha registado uma evolução do PIB idêntica à do país, registou um decréscimo de 0,7% no VAB do ramo da indústria e energia, a principal atividade na região.

Quanto às contas regionais concluídas referentes a 2018, o INE informa que o PIB do país registou uma variação nominal de 4,7% e real de 2,8%. Em termos nominais, o PIB apresentou uma variação positiva em todas as regiões, mais acentuada no Norte (5,6%) e no Algarve (5,5%), as únicas com crescimento superior à média nacional. A Área Metropolitana de Lisboa (4,6%) e o Centro (4,5%) apresentaram aumentos nominais ligeiramente inferiores à média nacional. As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e o Alentejo, com 4,2%, 3,3% e 2,0%, respetivamente, registaram as menores variações, sendo a do Alentejo a menos expressiva.

O crescimento económico na Madeira continuou a ser influenciado em grande medida pela diminuição da atividade turística na região e, em menor grau, pela redução da atividade dos serviços prestados às empresas.

No Alentejo, o crescimento pouco expressivo do PIB foi, em grande medida, determinado pela contração significativa da atividade do ramo da indústria e energia, em particular em unidades de grande dimensão do setor petroquímico instaladas no complexo portuário, industrial e logístico de Sines (Jornal Económico, texto da jornalista Jéssica Sousa) 

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