O levantamento das restrições no Natal vai
aumentar o número de casos e de mortes por covid-19, de acordo com uma
estimativa feita por investigadores do Instituto de Saúde Pública da
Universidade do Porto (ISPUP), citada pelo Expresso. No limite, Portugal pode
registar um acréscimo de 1500 óbitos no mês de janeiro.
Pela altura do Natal, haverá, no mínimo, cerca de 20 mil portugueses infetados, a maioria sem saber por estar assintomática, prevê o ISPUP. “Se em cada família o risco é pequeno, multiplicar por milhares de reuniões familiares corresponde à ocorrência de muitas infeções”, avisou o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Henrique de Barros, na última reunião do Infarmed. De acordo com os cálculos do vice-presidente do departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico, Henrique Oliveira, o mês de janeiro pode chegar ao fim com um acréscimo de 800 a 1500 mortes, como consequência do aumento dos contactos durante o Natal. Henrique Oliveira, que tem calculado a evolução da epidemia, está preocupado com o impacto do alívio das regras no período festivo. Além do aumento de óbitos, prevê que o número real de casos seja duas a três vezes superior ao número de casos ativos oficiais, isto é, testados nos laboratórios.
“Estamos a tentar debelar o fogo e estamos
a conseguir. Mas é como se durante aqueles dois dias baixássemos a guarda e até
atirássemos alguma gasolina. E depois no dia 27 vamos tentar apagar o fogo
outra vez”, alerta ainda Henrique Oliveira, citado pelo Expresso. Neste
sentido, o matemático considera fundamental que as pessoas se protejam para “minimizar
os riscos e reduzir as mortes” (SAPO)
Sem comentários:
Enviar um comentário