Em portugal, 45% dos
cidadãos acham que vão ter de esperar até ao verão para voltar à vida normal,
mas os que se sentem “preparados” para viver até lá nas atuais restrições, são
apenas 32%, de acordo com uma sondagem ISC/ISCTE para o Expresso e a SIC,
revelada esta terça-feira, com dados recolhidos ente 20 e 22 de março. Para um quarto dos
inquiridos (25%) não sabe ou não responde sobre até quando pensa aguentar, sendo
que os portugueses gostam globalmente do que veem: 64% acham que a população
está a reagir “de forma apropriada”. Os portugueses dão
nota positiva a si próprios pela forma como estão a encarar a covid-19 – 64%
acham que a população está a reagir “de forma apropriada”, mas se há coisa que
a sondagem ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC também mostra é que uma fatia
significativa dos inquiridos (25%) não se compromete sobre quanto tempo aguenta
viver sob as atuais restrições.
Questionados sobre
até quando acham que vamos ter de esperar para voltar à vida normal, 45%
respondem “até ao verão”. Há 18% que, mais otimistas, perspetivam o fim das
restrições já no final de abril. E, no lado oposto, há 17% menos animados que
só esperam o fim das restrições no fim do ano. Os catastrofistas são poucos –
4% dizem que a vida só voltará ao normal daqui a um ano ou mais.
Mas quanto tempo
pensam as pessoas aguentar, já reflete inseguranças. Um quarto dos inquiridos
não sabe ou não responde e a percentagem dos que se sentem “preparados” para
viver no atual registo até ao verão não passa dos 32%.
Até ao final de
abril, há 27% que dizem estar preparados, mas a percentagem cai para os 8%
perante a eventualidade de terem de se aguentar como agora até ao fim do ano ou
durante um ano ou mais. Ou seja, o fator tempo pode ser decisivo.
A prová-lo está o
facto de, até agora, 44% dos inquiridos ainda não revelarem sinais de cansaço,
afirmando que tem sido “relativamente fácil” lidar com as restrições impostas
pelo Governo e engrossadas pelo estado de emergência decretado pelo chefe de
Estado.
Há 31% que assumem
que tem sido “relativamente difícil” aguentar as restrições e apenas 8% as
classificam “muito difíceis”. Para 16% tem sido “muito fácil” lidar com elas,
isto apesar de cerca de 35% dos inquiridos terem ou mais de 70 anos ou
assumirem que pertencem a um grupo de risco. E entre os que pertencem a grupos
de risco, um em cada cinco diz que não tem apoio suficiente que lhe permita
sair de casa apenas em circunstâncias muito excecionais.
Globalmente, os
portugueses descrevem como positiva a reação da população às limitações que a
covid-19 imprimiu nas suas vidas, embora 25% considerem que as pessoas não
estão a levar os riscos “suficientemente a sério” e 10% achem um exagero os
cuidados seguidos.
Os comportamentos
adotados pela maioria dos inquiridos falam por si: 96% dizem que evitaram
locais com muita gente; igual percentagem refere que aumentou os cuidados de
higiene; e 92% garantem que mantêm a distância social (2 metros). Já quanto a
evitar deslocar-se ao local de trabalho, os números caem para 59%, o que
confirma haver muita gente a trabalhar a partir de casa. O pior dos números
quanto a comportamentos anticovid-19 é o uso de máscara em locais públicos –
apenas 27% dizem tê-lo feito na última semana (Executive Digest, texto de SoniaBexiga)
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