sábado, março 28, 2020

Cascais compra 2,7 milhões de euros em máscaras e termómetros a empresa de brindes

A autarquia de Cascais usou regime o excepcional da pandemia, que permite ajustes directos sem limite de valor, revela o “Público”. De acordo com o jornal, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, fez nos últimos dias ajustes directos no valor de 2,7 milhões de euros para comprar material destinado a proteger do novo coronavírus os profissionais de saúde do concelho, bem como polícias, bombeiros e elementos da Protecção Civil. Só que as máscaras, termómetros, luvas e restantes produtos foram adquiridos a uma empresa especializada em brindes: a Enerre, que também trabalha com serigrafia, bordados, têxteis e fardamento. Segundo o site Base.gov, há três ajustes ajustes directos feitos pela autarquia a esta empresa: 1.450.047 numcontracto para «aquisição de material de protecção e termómetros», outro no valor de 811.800 euros para aquisição de «máscaras cirúrgicas» e outro no valor de 444.645 euros.
Questionada pelo “Público”, a autarquia disse que a empresa em questão, de portas abertas desde 1976, não tem no objecto social apenas brindes, mas também fardamentos e que já teve clientes como o «Ministério da Defesa, hospitais privados e públicos para os quais tinha o mesmo tipo de encomendas». Nos restantes 40 contratos que a empresa tem no site Base não é este o tipo de encomendas feitas, mas sim brindes (T-shirts, bonés, canecas) comprados por várias autarquias e institutos públicos (Executive Digest)

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