Cerca de 62% dos
portugueses acredita que a pandemia de covid-19 é «mais grave do que aquilo que
se tem ouvido», 34% espera que a situação seja «pior» e 28% aguarda um cenário
«muito pior», estes são os dados recolhidos através de uma sondagem realizada pela
Pitagórica, para a ‘TSF’ e para o ‘Jornal de Notícias’ (JN). Na sondagem foi
ainda possível verificar que 75% dos participantes consideram que a situação
«vai piorar no próximo mês» e uma minoria de apenas 7% acredita que a epidemia
é «menos grave» do que aquilo que se pensa. Relativamente à
capacidade de Portugal responder à crise, a maioria dos inquiridos acredita que
não será capaz, uma vez que 57% das pessoas considera que o país «está pouco
preparado» para enfrentar o número actual de casos, bem como aqueles que ainda
vão surgir. 23% dos participantes vai mais longe ao acreditar que Portugal não
está «nada preparado» para lidar com a pandemia, totalizando 80% de opiniões
desfavoráveis.
Já a respeito da
resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os resultados são equilibrados
entre quem acredita que o SNS está preparado para lidar com a pandemia e quem
acredita que não está. Contudo, quando a pergunta inclui o detalhe «dentro de
um mês», uma notória maioria considera que o serviço não está preparado, apenas
18% considera que sim.
A sondagem revela
ainda que a única instituição avaliada negativamente pelos portugueses é a
linha Saúde 24, com um saldo negativo de -8%, no entanto, 81% dos inquiridos
considera que ligar para a linha seria «a primeira atitude» a tomar, se
suspeitassem estar doentes.
Os hospitais, a
polícia e a comunicação social recebem o melhor retorno por parte dos
portugueses, com 49%, 36% e 22% das pessoas, respectivamente, a considerar que
desempenham um papel importante no combate à covid-19.
Quando a temática
é a política, o primeiro nome a surgir é o de António Costa, com 18% dos
inquiridos a considerar que tem feito um bom trabalho, acima dos partidos da
oposição com uma apreciação positiva de 13%, bem como do Presidente da República,
com um saldo positivo de 11%.
A ministra da
saúde, a directora geral da saúde e a própria população, recebem as
percentagens mais baixas com avaliações menos positivas de 5%, 5% e 4%,
respectivamente.
Relativamente à
possibilidade de ficar em casa de quarentena, durante 15 dias, em caso de risco
de contágio, cerca de 95% dos participantes indicam que podem fazê-lo. 41% acha
«provável» que algum familiar seja infectado pelo vírus, contudo a mesma
percentagem está optimista, acredita que é «pouco ou nada provável» que alguém
da sua família seja contagiado.
Quando
questionados sobre os comportamentos que poderão mudar depois da pandemia, 76%
afirma que vão deixar de utilizar transportes públicos, 55% já está preparado
com soluções de desinfectante em álcool ou gel, metade dos inquiridos já
abasteceu a despensa e o frigorífico e cerca de 44% já se encontra a trabalhar
a partir de casa (Executive Digest)
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