terça-feira, março 31, 2020

Covid-19: Maioria dos Portugueses considera que o país está «pouco ou nada preparado» para lidar com o surto

Cerca de 62% dos portugueses acredita que a pandemia de covid-19 é «mais grave do que aquilo que se tem ouvido», 34% espera que a situação seja «pior» e 28% aguarda um cenário «muito pior», estes são os dados recolhidos através de uma sondagem realizada pela Pitagórica, para a ‘TSF’ e para o ‘Jornal de Notícias’ (JN). Na sondagem foi ainda possível verificar que 75% dos participantes consideram que a situação «vai piorar no próximo mês» e uma minoria de apenas 7% acredita que a epidemia é «menos grave» do que aquilo que se pensa. Relativamente à capacidade de Portugal responder à crise, a maioria dos inquiridos acredita que não será capaz, uma vez que 57% das pessoas considera que o país «está pouco preparado» para enfrentar o número actual de casos, bem como aqueles que ainda vão surgir. 23% dos participantes vai mais longe ao acreditar que Portugal não está «nada preparado» para lidar com a pandemia, totalizando 80% de opiniões desfavoráveis.
Já a respeito da resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os resultados são equilibrados entre quem acredita que o SNS está preparado para lidar com a pandemia e quem acredita que não está. Contudo, quando a pergunta inclui o detalhe «dentro de um mês», uma notória maioria considera que o serviço não está preparado, apenas 18% considera que sim.

A sondagem revela ainda que a única instituição avaliada negativamente pelos portugueses é a linha Saúde 24, com um saldo negativo de -8%, no entanto, 81% dos inquiridos considera que ligar para a linha seria «a primeira atitude» a tomar, se suspeitassem estar doentes.
Os hospitais, a polícia e a comunicação social recebem o melhor retorno por parte dos portugueses, com 49%, 36% e 22% das pessoas, respectivamente, a considerar que desempenham um papel importante no combate à covid-19.
Quando a temática é a política, o primeiro nome a surgir é o de António Costa, com 18% dos inquiridos a considerar que tem feito um bom trabalho, acima dos partidos da oposição com uma apreciação positiva de 13%, bem como do Presidente da República, com um saldo positivo de 11%.
A ministra da saúde, a directora geral da saúde e a própria população, recebem as percentagens mais baixas com avaliações menos positivas de 5%, 5% e 4%, respectivamente.
Relativamente à possibilidade de ficar em casa de quarentena, durante 15 dias, em caso de risco de contágio, cerca de 95% dos participantes indicam que podem fazê-lo. 41% acha «provável» que algum familiar seja infectado pelo vírus, contudo a mesma percentagem está optimista, acredita que é «pouco ou nada provável» que alguém da sua família seja contagiado.

Quando questionados sobre os comportamentos que poderão mudar depois da pandemia, 76% afirma que vão deixar de utilizar transportes públicos, 55% já está preparado com soluções de desinfectante em álcool ou gel, metade dos inquiridos já abasteceu a despensa e o frigorífico e cerca de 44% já se encontra a trabalhar a partir de casa (Executive Digest)

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