sábado, março 28, 2020

Médicos já têm critérios para decidir quem salvam no caso de rutura do SNS

A Ordem dos Médicos já tem um parecer, por parte do Conselho de Ética e Deontologia Médicas, sobre as decisões que os clínicos terão de tomar, à semelhança do que já acontece em Espanha e em Itália, em caso de rutura do Sistema Nacional de Saúde. Na prática, os médicos poderão vir a ser confrontados, até maio – período previsto esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde para o pico da pandemia -, com a possibilidade de terem de optar, perante uma eventual falta de camas, sobre quais os doentes a internar nos cuidados intensivos. Num cenário mais trágico, sobre quais os pacientes que terão direito a um ventilador.
“O parecer do Conselho de Ética dá indicações sobre como se devem fazer escolhas justas perante este tipo de doentes. Todos os doentes têm tratamento, mas há alguns para os quais o tratamento que é viável e possível vai pôr em causa o tratamento de outros com melhores oportunidades de vida”, disse o presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, durante o programa ‘Especial CMTV’.
De acordo com o médico, o documento contém princípios éticos que são aplicados pelos clínicos em caso de catástrofe e relacionam-se com a idade do doente, a esperança média de vida do mesmo, assim como o número de doenças associadas.
De acordo com o CM, o documento ainda não está terminado. Será finalizado até ao final da próxima semana. Depois, será votado pelos conselheiros da Ordem dos Médicos, que inclui o bastonário, Miguel Guimarães e os presidentes dos Conselhos Regionais da Ordem (Executive Digest)

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