O adiamento do pico da doença para maio está a ser encarado como um fator que poderá atenuar a taxa de mortalidade em Portugal. “Quanto mais tarde chegar o pico, é sinal de que as medidas estão a funcionar e poderá haver menos mortos”, afirma um especialista ao Correio da Manhã. Se assim for, no cenário mais benigno, o coronavírus poderá causar a morte a cerca de 700 pessoas, segundo a previsão atualizada de um estudo realizado por peritos de Saúde Pública que circula entre profissionais de Saúde, citado pelo mesmo jornal. Na prática, o adiamento do pico do contágio do coronavírus poderá ter este efeito: “Se estamos a achatar a curva [de crescimento do número de casos], vamos ter o SNS [Serviço Nacional de Saúde] mais protegido e menos mortos”, sublinha o referido especialista. Ou seja, quanto mais tarde chegar o pico do contágio do coronavírus, menos os hospitais serão pressionados com a concentração de doentes, mais ventiladores disponíveis existirão para os doentes em cuidados intensivos e mais tempo haverá para gerir a crise. Num cenário mais negro, segundo o mesmo estudo, o coronavírus poderá causar a morte a mais de mil pessoas em Portugal. “Se [o combate ao contágio do coronavírus] correr mal, o número de mortos pode ultrapassar os mil [indivíduos]”, afirma o especialista. E um dos problemas é que “Portugal fez poucos testes [às pessoas]”, o que cria dificuldades na identificação dos locais onde existem maiores focos de contágio (Executive Digest)
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