O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, foi esta quinta-feira, acusado pela justiça americana de «narcoterrorismo», para garantir a sua captura e julgamento, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 15 milhões de dólares a quem contribuir com informações que ajudem nesse sentido, de acordo com a ‘CNN’. As acusações criminais apresentadas pelos promotores federais dos distritos de Nova Iorque, Miami e Washington, alegam que o líder do regime venezuelano administra um cartel de drogas, mais concretamente de tráfico de cocaína para os Estados Unidos, em conjunto com o grupo rebelde colombiano FARC. Os promotores dos EUA afirmam que Maduro lidera o chamado ‘Cartel de los Soles’, um grupo que os EUA há muito dizem ter sido formado por militares e ex-militares corruptos venezuelanos envolvidos em tráfico e outros crimes.
Maduro não é o único comunista venezuelano alvo das acusações americanas, também o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, o ministro da Defesa, Padrino López, e o presidente do Supremo Tribunal, Maikel José Moreno Pérez são outros dos nomes acusados.
O procurador-geral dos EUA, William Barr, refere que «enquanto o povo da Venezuela sofre, esta quadrilha enche os bolsos». Barr acusa ainda o presidente venezuelano e todas as outras figuras de «conspirarem com uma ala dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para inundar os Estados Unidos de cocaína, numa parceria narcoterrorista com mais de duas décadas», citado pela ‘CNN’.
Na acusação da justiça americana, tornada pública esta quinta-feira, pode ler-se que « a magnitude desta operação de narcotráfico só se tornou possível porque Maduro e outros corromperam as instituições venezuelanas e forneceram protecção política e militar ao narcotráfico». A corrupção e lavagem de dinheiro são temas comuns e já há muito verificados no estado da Florida, de acordocom a procuradora-chefe da região, Ariana Fajardo Orshan, «todos os dias são visíveis os sinais de lavagem de dinheiro dos dirigentes venezuelanos», investindo o capital que conseguem através do tráfico em iates e condomínios de luxo. Contudo, a procuradora deixa um aviso, dizendo que «esta festa está a chegar ao fim», referindo-se ao momento em que vão conseguir reunir provas suficientes para prender Maduro e os seus aliados pelos crimes de que são acusados (Simone Silva, Executive Digest)
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