Segundo o Jornal I, "o autarca de Lisboa espera "não ter ficado de fora do PS que saiu do congresso" e criticou a estratégia que está a ser seguida pelo novo líder do partido, sobretudo em relação aos governos liderados por Sócrates. O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, criticou, esta noite, a estratégia que está a ser seguida por António José Seguro a nível interno e não escondeu o desagrado com as opções do líder do partido para a direcção do grupo parlamentar. "Não recolhe, de facto, os melhores de entre aqueles que são os quadros que o PS dispõe no seu grupo parlamentar", afirmou António Costa, no programa Quadratura do Círculo, defendendo que, no futuro, é necessário haver "sinais mais claros" de que António José Seguro que ter o partido unido. Costa criticou "o esforço de desmemorização" em relação aos tempos de José Sócrates e avisou que o PS "não se credibiliza como alternativa desdizendo o que fez". "A não ser que façam daqueles exercícios dos partidos maoistas de autocrítica e flagelação, que exclui todos aqueles que são agora considerados da linha negra", acrescentou o autarca, que foi o número dois de Francisco Assis na lista para a Comissão Nacional. A declaração de Carlos Zorrinho, que hoje no Parlamento falou num "novo PS", também não escapou ao autarca de Lisboa, que a classificou como "não muito feliz", depois de Francisco Assis ter assumido, em declarações à Lusa, que lhe causa "sempre irritação" quando ouve falar em "regeneração". Costa sugeriu que o PS não se deu bem quando, na sua história, renegou o passado e acabou a sua intervenção a dizer que espera não ter ficado fora do partido que resultou do congresso de Braga. "Espero que o PS que saiu do congresso seja o mesmo que entrou. Os partidos não podem mudar a sua natureza e a sua postura de congresso em congresso. Eu, pelo menos, estou no PS e espero não ter ficado de fora do PS que saiu do congresso. Espero que todos nós possamos viver bem nesta situação", disse".
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