segunda-feira, setembro 26, 2011

João Jardim desafia Estado a mostrar a dívida indirecta

Porque será que o Estado não faz isso? O presidente do PSD-Madeira desafiou num comício da Camacha, o Estado português a revelar ao país, o montante da sua dívida indirecta. «Apresentei a dívida directa, mais a dívida indirecta, mesmo que esta não conte para o défice, e desafio o Estado Português a mostrar aos portugueses também a sua dívida indirecta», desafiou Alberto João Jardim perante cerca de duas mil pessoas, no maior comício realizado fora do concelho do Funchal. O líder do PSD-M disse que «a falta de juízo e a falta de bom senso em Lisboa», quiseram transformar estas eleições «num combate entre os poderes económicos, financeiros e políticos de Lisboa e o povo madeirense», razão pela qual quis falar de contas. «Hoje (ontem) apresentei claramente ao povo madeirense, a dívida da Madeira, mas não apresentei só a dívida directa, como Lisboa apresentou», observou Jardim, criticando os números avançados pelos partidos da Oposição. «Apresentei a dívida directa e apresentei a dívida indirecta, embora só a dívida directa é que vai contar para o défice. Graças a Deus, a nossa dívida directa é três mil milhões e tal de euros, ao contrário dos oito mil e dos nove mil milhões que os mentirosos da oposição andaram aí a dizer».Contas feitas, em termos comparativos o peso da dívida regional e nacional é muito distante. «Isto significa que enquanto a dívida directa do Estado Português é de 106 por cento do Produto Interno Bruto, a dívida directa da Madeira não chega a 60 por cento do PIB da Madeira», comparou. Honrado em estar na freguesia «que mais marca e mais representa a cultura do povo madeirense», Alberto João Jardim demonstrou as diferenças da seu forma de pensar a política com «aquela gente de Lisboa que apenas acha que só se deve fazer o que dá lucro». E salientou: «Se eu só pensasse em dinheiro não havia o bairro da Nogueira. Se só pensasse em dinheiro não tinha tido despesas sociais para os que mais precisam, despesas culturais para levantar o nível e a educação do povo, despesas para o desporto para tirar os pequenos da droga, despesas com a saúde para que as pessoas não morram porque não têm dinheiro. Eles não querem isso. Só querem que se gaste aquilo que dá lucro e dá rendimento».

Sem comentários: