Segundo o jornalista do Correio da Manhã, “a nova equipa do Ministério das Finanças assume pela primeira vez valor que o banco vai custar aos contribuintes. A nacionalização do BPN está a custar ao Estado, neste momento, o montante preciso de 4,5 mil milhões de euros. A dimensão rigorosa do buraco financeiro do banco nacionalizado em Novembro de 2008, na sequência da crise financeira gerada pela falência do Lehman Brothers, foi assumida este mês pelo próprio Ministério das Finanças, em resposta a perguntas do grupo parlamentar do BE. Com uma dívida desta grandeza ao Estado, o buraco do BPN acaba por representar quase 77,6% da dívida de 5,8 mil milhões de euros da Madeira. O ofício do gabinete da secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, esclarece, de forma clara, e pela primeira vez, a dimensão das responsabilidades financeiras do Estado com o BPN. E deixa claro, desde logo, que o Governo não faz a menor ideia de quando o BPN poderá pagar a dívida de 4,5 mil milhões de euros contraída junto do Estado. "Quanto ao esclarecimento pretendido sobre a previsão deste Governo relativamente às condições de liquidação dos empréstimos públicos por parte do BPN, ou seja, liquidação dos mesmos sem prejuízo para o Estado, conclui-se que, em bom rigor, se trata de uma pergunta cuja resposta não se afigura possível, dadas as inúmeras variáveis envolvidas", refere o ofício do gabinete da secretária de Estado do Tesouro e das Finanças. O Ministério das Finanças indica os créditos concedidos pela CGD, com garantias do Estado, ao BPN, os prazos desses empréstimos e as responsabilidades efectivas do Estado. E revela também como as responsabilidades do Estado estão repartidas pelo BPN e pelos três veículos criados, em 2010, para acolher os activos tóxicos do banco que foi presidido por Oliveira e Costa durante dez anos. Do total dos 4,5 mil milhões de euros de responsabilidades efectivas do Estado, 3,1 mil milhões de euros resultam de créditos concedidos à Parvalorem, Parparticipadas e Parops. Os restantes 1,4 mil milhões de euros são empréstimos concedidos ao BPN. Com a constituição da Parvalorem, Parparticipadas e Parops, pretende-se valorizar, para depois vender, os activos tóxicos que eram do BPN. A concretizar-se essa operação, a factura do BPN poderá ser menor.
QUADROS DE MIRÓ TÊM DOBRO DO VALOR DA VENDA DO BANCO
A colecção de 85 quadros de Miró detida pelo BPN foi avaliada pela leiloeira britânica Christie’s, em Junho de 2007, num montante superior a 81,2 milhões de euros. Com uma avaliação desta grandeza, as pinturas do prestigiado pintor espanhol valiam mais do dobro do preço de venda, por 40 milhões de euros, do BPN ao banco luso-angolano BIC. A avaliação da leiloeira britânica consta no processo cível, que o CM consultou nas Varas Cíveis de Lisboa, instaurado pela nova administração do BPN a vários ex-administradores do Grupo BPN/SLN. O documento da Christie’s apresenta cada um dos 85 quadros da colecção Miró, com o respectivo valor de mercado na época. É assim que fica a saber-se que o quadro mais valioso dessa colecção do pintor surrealista espanhol é a ‘La Fornarina’: a leiloeira britânica atribuiu-lhe um valor de 10 milhões de euros. Há também quadros avaliados por oito milhões de euros, três milhões de euros, como ‘Lienzo quemado’, e até 50 mil euros. A colecção de 85 quadros de Miró tornou-se propriedade do BPN, segundo diz Oliveira e Costa na contestação ao processo cível contra si, depois de não se ter concretizado uma operação de venda desses quadros ao Museu Rainha Sofia, em Madrid, cujo financiamento foi dado pelo BPN. Já a administração do BPN contrapõe, na acção cível, que Oliveira e Costa causou ao banco nessa operação "um prejuízo global de 2,5 milhões de euros”.
QUADROS DE MIRÓ TÊM DOBRO DO VALOR DA VENDA DO BANCO
A colecção de 85 quadros de Miró detida pelo BPN foi avaliada pela leiloeira britânica Christie’s, em Junho de 2007, num montante superior a 81,2 milhões de euros. Com uma avaliação desta grandeza, as pinturas do prestigiado pintor espanhol valiam mais do dobro do preço de venda, por 40 milhões de euros, do BPN ao banco luso-angolano BIC. A avaliação da leiloeira britânica consta no processo cível, que o CM consultou nas Varas Cíveis de Lisboa, instaurado pela nova administração do BPN a vários ex-administradores do Grupo BPN/SLN. O documento da Christie’s apresenta cada um dos 85 quadros da colecção Miró, com o respectivo valor de mercado na época. É assim que fica a saber-se que o quadro mais valioso dessa colecção do pintor surrealista espanhol é a ‘La Fornarina’: a leiloeira britânica atribuiu-lhe um valor de 10 milhões de euros. Há também quadros avaliados por oito milhões de euros, três milhões de euros, como ‘Lienzo quemado’, e até 50 mil euros. A colecção de 85 quadros de Miró tornou-se propriedade do BPN, segundo diz Oliveira e Costa na contestação ao processo cível contra si, depois de não se ter concretizado uma operação de venda desses quadros ao Museu Rainha Sofia, em Madrid, cujo financiamento foi dado pelo BPN. Já a administração do BPN contrapõe, na acção cível, que Oliveira e Costa causou ao banco nessa operação "um prejuízo global de 2,5 milhões de euros”.
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