segunda-feira, setembro 26, 2011

Coitadinho do Metro do Porto (III): 200 milhões de Lisboa para pagar dívidas à banca

Num texto de Maio de 2011, que li aqui, "o presidente do Conselho de Administração (CA) da Metro do Porto afirmou, esta segunda-feira, “não ter dúvidas” quanto à resolução da dívida de 200 milhões de euros e garantiu que “não está em causa” o funcionamento do metro. “Conforme se resolveram os problemas num passado recente, não tenho a mais pequena dúvida que esse problema vai também ser resolvido e não está de modo algum em causa o funcionamento do metro”, afirmou Ricardo Fonseca, em declarações aos jornalistas, no final da assembleia geral da Metro do Porto. O Jornal de Notícias refere na sua edição desta segunda-feira que “o Governo ainda não deu garantias para pagar a dívida de 200 milhões que vence em Julho” e que “o metro corre o risco de parar”. Ricardo Fonseca adiantou ainda que a paragem de transportes públicos nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa “são cenários” que não se podem sequer “encarar”. O presidente, que sublinhou não estar disponível para cumprir mais mandatos à frente da empresa “por razões única e exclusivamente pessoais”, lembrou ainda que “o problema” relacionado com dificuldades financeiras “é geral em todas as empresas do sector” dos transportes. “Dificuldades há, que vão ser superadas. Que não tenhamos a menor dúvida”, frisou. Ricardo Fonseca, cujo mandato terminou em Dezembro de 2010 e que sairá da Metro do Porto assim que o novo governo nomear os novos órgãos sociais, garantiu que não abandona a Metro do Porto “decepcionado”. Admitiu, contudo, sair “entristecido”, porque o trabalho “notável” realizado no âmbito do projecto da segunda fase de expansão da rede do Metro do Porto “não pode ser executado com a prontidão” que desejava, apesar de ter sido desenvolvido “para avançar o mais rapidamente possível”. “Entristece-me, mas a verdade é que todos nós temos consciência da situação em que o país está e, por isso, já era expectável que a segunda fase tivesse um compasso de espera antes de avançar”, disse. O responsável referiu ainda “não sentir discriminação” do metro do Porto relativamente ao de Lisboa, afirmando que, apesar de serem “2 situações diferentes, o Metro de Lisboa terá com certeza alguns investimentos que vão ser suspensos”. Em Abril, a Metro do Porto viveu um problema de tesouraria idêntico ao de agora, tendo sido encontrada “uma operação financeira com a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças” para assegurar o pagamento à banca".

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