"Seis empresas públicas de transportes dão prejuízos
Das sete empresas públicas de transporte de passageiros, pelo menos seis dão prejuízos, mostram os dados analisados pelo Tribunal de Contas, no parecer divulgado ontem. A Metro do Porto é a que apresenta maiores custos por passageiro, embora não seja a que reporta resultados líquidos negativos mais elevados. Neste caso, o lugar do pódio cabe ao Metropolitano de Lisboa, com 148,6 milhões de euros de prejuízos.
1 - Metro do Porto
Das sete empresas públicas de transporte de passageiros, pelo menos seis dão prejuízos, mostram os dados analisados pelo Tribunal de Contas, no parecer divulgado ontem. A Metro do Porto é a que apresenta maiores custos por passageiro, embora não seja a que reporta resultados líquidos negativos mais elevados. Neste caso, o lugar do pódio cabe ao Metropolitano de Lisboa, com 148,6 milhões de euros de prejuízos.
1 - Metro do Porto
É a empresa com maiores custos operacionais, financeiros e prejuízos por passageiro. Em 2009 esta transportadora reportou custos operacionais por cliente de 2,9 euros e custos financeiros de 1,03 euros. Os prejuízos chegaram aos 2,63 euros por cliente - um valor que mais do que duplica o da segunda empresa com mais prejuízos por passageiro (a Transtejo). Estes rácios são particularmente negativos devido aos "avultados investimentos na rede e ao facto de ter uma estrutura de financiamento assente no endividamento bancário", lê-se no parecer. Além disso, transporta comparativamente menos passageiros.
2 – Transtejo
2 – Transtejo
A Transtejo apresenta o segundo maior prejuízo por passageiro, com um custo de 96 cêntimos por passageiro. No que respeita aos custos operacionais, cada passageiro custa 1,46 euros. A Transtejo junto com a Soflusa têm um número de passageiros significativamente menor quando comparados com outros modos de transporte urbano.
3 - Metropolitano de Lisboa
Com mais passageiros do que o Metro do Porto, o metropolitano de Lisboa dá um prejuízo de 84 cêntimos por cliente. Contudo, o TC sublinha que a contagem de passageiros na região de Lisboa "é efectuada, em parte, com base em inquéritos e não nas validações dos títulos, pelo que não é possível efectuar uma comparação rigorosa entre estas empresas".
4 – Soflusa
A Soflusa tem um custo por passageiro de 0,32 cêntimos e deve 1,24 euros ao banco por cada passageiro, a menor dívida bancária por passageiro das seis empresas analisadas pelo Tribunal de Contas. No que respeita ao rácio de endividamento - que analisa o passivo total sobre o activo total - era de 1,34 euros, quase metade do da Transtejo.
5 – STCP
Os autocarros do Porto dão um prejuízo de 18 cêntimos por passageiro, um valor bem mais reduzido do que o registado pelos metropolitanos ou mesmo pelos barcos. Contudo, a STCP é uma das empresas que estava em maior desequilíbrio financeiro: o seu passivo total excedia em 4,19 vezes o activo.
6 – Carris
É a empresa que apresenta menos prejuízos por passageiro (17 cêntimos), mas é a que te maior desequilíbrio financeiro: os seus activos superam os passivos em 5,35 vezes, mostram as contas do Tribunal” (texto do Económico, das jornalistas Margarida Peixoto e Paula Cravina de Sousa, publicado em Dezembro de 2010)
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