Fala-se numa Coligação pré-eleitoral entre PSD, IL e CDS, cenário que diz hoje um jornal - encomenda? - "ganha força no centro-direita. Para mil, e recomendo que façam, contas, trata-se de uma opção desastrosa, reveladora do medo que a direita tem das urnas porque nunca construiu uma alternativa forte, nem tem líderes que mereçam o apoio massivo dois eleitores nem candidaturas credíveis que fujam aos aparelhos. Os tempos de Sá Carneiro e de Amaro da Costa, entre outros, o isso mesmo, tempos de um passado recordado, nada mais do que isso. Como é que o PSD, que precisa de ser o epicentro da alternativa de centro-direita, se atreve a pedir o voto útil do chamado eleitorado flutuante, quando promove coligações que não são bem acolhidas nem aceites pelos seus próprios eleitores? O que se passou nas regionais na Madeira não serviu de lição a ninguém? Aquelas contabilidades eleitorais falsas e manipuladoras que saíram furadas não recomendam outras opções? Acham mesmo que os eleitores propiciarão o voto útil necessário, num cenário destes? Cada um que concorra sozinho e depois façam as negociatas que entenderem. Eu até percebo: com este líder fraco do PSD, com este líder para sempre ligado aos tempos negros da troika e da austeridade por culpa do PS e de Sócrates, com estas idiotices que apenas revelam medo das urnas, o PSD dificilmente pode sonhar. Só quando voltar a ser ele próprio, quando retomar o espírito ideológico da sua fundação, quando voltar a ser um verdadeiro PPD que privilegia a componente popular e não um PSD sem espinha dorsal é que provavelmente a travessia no deserto vai acabar. Porque até 10 de Março teremos o PSD metido, quase de certeza absoluta, em trapalhadas mais ou menos mediatizadas e em confusões com a justiça. Querem apostar? (LFM)
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