O
Económico-Madeira publicou hoje uma sondagem - com chamada na primeira página do
jornal-mãe - que me leva a pensar que a dimensão do embuste à volta da CMF e
para enganar os funchalenses é bem maior do que se julga e que esconde
estratégicas de assalto ao poder no
PSD-M que paulatinamente estão a ser elaboradas e que precisam de afastar e de
humilhar potenciais ameaças à sua concretização
Será que alguém
minimamente informado acredita que uma
sondagem séria, tendo como pano de fundo nomes de potenciais candidatos e não
também uns tantos nomes que não se sabe como aparecem na arena (muito menos com
as limitações recentes resultantes da nova legislação eleitoral autárquica) -
alguns deles sei que não são candidatos a coisa nenhuma... - apresente os
valores estratosféricos, da ordem dos 61% a favor do nome (o único) associado
ao PSD-M, sem que haja uma decisão nesse sentido e sem que o PS-M tenha
construído uma sondagem que obviamente vai acontecer?
Será que alguém
minimamente informado e conhecedor da realidade política e eleitoral funchalense
acha que algum candidato alguma vez terá 61% nas eleições para a edilidade
funchalense?
Francamente há
coisas que cheiram tão mal, tresandam, que a gente fica a perceber que das duas
uma: ou há uma ambição pessoal subjacente a este sai-não-sai (ambição que se
pode questionar por razões várias e bem fragilizadoras) ou então há um embuste
político, no PSD-M que tem menos a ver com as autárquicas e com a CMF e mais
com 2023 e o futuro do PSD-M. E o que eu penso e repito isto as vezes que forem
necessárias (mas sobre este tema estou a ultimar as minhas notas soltas...).
Finalmente, e só
para lembrar a verdade dos factos nas eleições para a Câmara Municipal do
Funchal:
2001
PSD, 55,7%
PS-CDS, 27,3%
2005
PSD, 50,2%
PS, 25,2%
CDS, 7,8%
PSD+CDS, 58%
2009
PSD, 52,2%
PS, 13,5%
CDS, 10%
PSD+CDS, 62,2%
2013
PS (coligação),
39,2%
PSD, 32,4%
CDS, 14,6%
PSD+CDS, 47%
2017
PS (coligação)
42,1%
PSD, 32,1%
CDS, 8,6%
PSD+CDS, 40,7%
(LFM)
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