sexta-feira, fevereiro 24, 2023

Parte do capital da Bacalhôa, de Berardo, está a ser leiloada por 1,3 milhões de euros

 

Processo de execução colocado pelo BCP acaba na penhora de 1,87% da Bacalhôa de José Berardo. Leilão de parte do capital da produtora vinícola, que avalia toda a empresa em 70,6 milhões de euros, vai durar até 22 de março. Uma parte minoritária das ações da Bacalhôa Vinhos, do universo empresarial de José Berardo, está em leilão. A operação deve-se a um processo de execução colocado pelo BCP e, com a venda, o agente de execução espera conseguir 1,3 milhões de euros. O anúncio consta do site e-leilões, como noticiou inicialmente o Jornal Económico. Segundo os números que são apresentados, está em causa a venda de 1,87% do capital da empresa, ações que são detidas pela Associação de Coleções, de Berardo. O valor base para a compra das ações representativas daquele pedaço de capital da Bacalhôa é 1,3 milhões de euros, sendo que o mínimo que o agente de execução admite obter é 1,1 milhões – ainda assim, o montante de abertura é de 660 milhões. O leilão vai correr por mais um mês, até 22 de março. Tendo em conta este valor base no leilão, a Bacalhôa fica avaliada em 70,6 milhões de euros. A banca defende que José Berardo e as empresas do seu mundo empresarial deixaram por pagar créditos que ascendem a mil milhões de euros, e lançaram mão, uma década depois dos primeiros incumprimentos, de ações judiciais para tentarem ser ressarcidos - o mais relevante ativo que pretendem é a coleção de obras de arte expostas no Centro Cultural de Belém. Há um aviso para quem estiver interessado neste ativo de um grupo empresarial mergulhado em lutas judiciais: “É da exclusiva responsabilidade dos interessados proponentes a análise e interpretação da documentação disponibilizada, sem prejuízo das diligências que entendam efetuar na avaliação do bem a adquirir, assegurando-se que corresponde às expectativas”. Neste caso específico, está em causa o processo que o BCP colocou em 2021 contra a Metalgest e a Associação de Coleções, duas entidades do grupo empresarial Berardo, no Tribunal de Setúbal – comarca onde, já este ano, o mesmo banco colocou uma ação que visa diretamente a Bacalhôa, avaliada em 1,5 milhões. Contactado, o BCP não comenta. Também não há comentários do lado de José Berardo (Expresso, texto dos jornalistas Diogo Cavaleiro e Isabel Vicente)

Sem comentários: