sábado, outubro 10, 2020

Insolvências crescem 12,3% nos primeiros 9 meses do ano. Setembro é o mês com mais registos

O número de insolvências registadas aumentou 12,3% nos primeiros nove meses de 2020 face ao mesmo período do ano passado, contabilizando-se mais 3.877 registos e mais 424  empresas insolventes, de acordo com um comunicado da ‘Iberinform’.

Em Setembro as insolvências registaram o maior aumento do ano, sendo este, até agora, o mês com mais registos, para um total de 660, uma subida de 53,5% relativamente ao ano passado, que corresponde à percentagem mais elevada desde Setembro de 2017, segundo a mesma nota.

O comunicado revela ainda que «por tipologia, até final de setembro, as insolvências requeridas tiveram um aumento de 5%», para mais 38 empresas do que no ano passado, já «as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas registam uma subida de 22,1%, evoluindo de 778 casos em 2019 para 950.

Adicionalmente é também referido que «nestes primeiros nove meses foi declarada a insolvência de 2.100 empresas, mais 220 que no mesmo período do ano passado. Os encerramentos com planos de insolvência tiveram uma redução de 15%».

Na análise distrital, Lisboa e Porto continuam nos primeiros lugares da lista, «com a cidade Invicta a liderar em valores absolutos registando 986 insolvências contra 806 em Lisboa». Em percentagens a capital «apresenta um incremento de 18,5% face ao desempenho de 2019, enquanto o Porto vê o indicador crescer 12,9%».

Ainda assim, as subidas mais significativas tiveram lugar em Castelo Branco (+56,4%), Angra do Heroísmo (+46,2%), Faro (+39,7%), Viana do Castelo (+39,2%), Madeira (+26,3%), Évora (+23,3%) e Beja (+20%). Por sua vez, «num cenário de incremento de insolvências há quatro distritos com variações negativas», são eles: Horta (-33,3%), Coimbra (-19,8%), Guarda (-15,2%) e Aveiro (-0,3%). Vila Real apresenta uma variação nula, ao registar 32 insolvências.

Por último, no que diz respeito aos setores, é no transformador que se verificam mais insolvências até ao fim de Setembro, para um total de 917, segue-se os serviços com 776, construção e obras públicas com 540, comércio a retalho a registar 461, comércio por grosso com 452 e hotelaria e restauração que contabiliza 340 registos.

«Contudo, o maior aumento percentual pertence ao setor das telecomunicações (+166,7%), seguido pela hotelaria e restauração (+30,8%) e pelos serviços (+22,8%). Apenas o setor da agricultura, caça e pesca apresenta uma variação negativa de 9,1%, enquanto o setor da eletricidade, gás e água tem uma variação nula face a de 2019 (oito insolvências)», pode ler-se na nota divulgada (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)

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