sábado, outubro 10, 2020

Sondagem: maioria dos portugueses acredita que o pior da pandemia ainda está para vir

Os portugueses estão mais pessimistas do que há cinco meses e acreditam que o pior da pandemia ainda está para chegar.

De acordo com uma sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e SIC, em comparação com os resultados obtidos em maio, o número de inquiridos que ainda temem um agravamento da situação,  passou de cerca de metade para 77%. São agora menos, apenas 12%, os que confiam que o pior já passou.

A situação económica e financeira continua a ser a maior preocupação, sobretudo para quem perdeu rendimentos desde o inicio da pandemia. Apenas 5% dos inquiridos não se mostram inquietos com o impacto nas contas.

O estudo mostra ainda níveis de preocupação semelhantes em relação à situação da saúde pública e um número maior de inquiridos preocupados com o impacto das restrições nas liberdades e direitos cívicos. Revela também que quanto mais velhos são os inquiridos maior é o grau de preocupação.

Sobre o regresso à escola, a maioria dos inquiridos considera que independentemente do grau de ensino, as aulas presenciais devem ser a regra. No caso do ensino até ao sexto ano, apenas 20% entendem que devia existir um misto de aulas presenciais e de ensino à distância. E são menos os que defendem que as aulas em casa devem ser a solução preferencial. Resultados semelhantes para o ensino do sétimo ao 12º ano, mas com mais inquiridos a defenderem uma solução hibrida.

Quanto ao uso de máscara, a esmagadora maioria dos inquiridos entende que deve ser obrigatório, seja em que espaço for, sempre que não seja possível manter o distanciamento. Na rua e com a devida distância assegurada a maioria não vê necessidade de usar máscara.

Questionados sobre o momento certo para levantar restrições, as opiniões dividem-se. Desde Maio, aumentou o receio de que o regresso à normalidade demore demasiado tempo, mas continuam a ser mais aqueles que temem que não se espere tempo suficiente para o fazer (Executive Digest)

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