quinta-feira, abril 07, 2011

Quais os sacrifícios que podem ainda ser pedidos aos portugueses?

Li no site da SIC: "É tudo uma questão de siglas. Em vez do PEC, Portugal agora vai ter o FEEF e o FMI. Qual é a diferença? É que até agora era o Governo que impunha os sacrifícios e daqui para a frente são os outros que mandam em nós. O manual de procedimentos do FMI é sempre o mesmo: País que pede ajuda tem que aumentar impostos. O IVA é já um clássico. Aumentou na Grécia, na Irlanda e pode muito bem vir a aumentar novamente em Portugal. Mas não é o único. Se for preciso, o IRS e o IRC também podem entrar na equação. Ou seja, também podem aumentar. Mas há um verbo que o FMI gosta ainda mais: cortar. Quando os economistas olharem para as contas públicas de Portugal, vão perceber que, na despesa, a maior fatia pertence a ordenados e a prestações sociais. E, neste capítulo, os subsídios de desemprego podem vir a sofrer cortes. A medida não será inédita. Sócrates já fez o mesmo e nem por isso resolveu o problema das contas públicas. Os sacrifícios pedidos aos desempregados podem extender-se aos reformados. Sobretudo os que têm pensões mais altas. E é preciso não esquecer a saúde, que consome muitos recursos ao Estado, e também pode sofrer alguns cortes. Por fim, se não for mesmo das primeiras medidas, cortes nos ordenados, uma das regras básicas do manual do FMI. Se a história se repetir, os funcionários públicos podem sofrer cortes no subsídio de natal. Foi o que aconteceu na Grécia aos funcionários públicos: o subsídio de Páscoa, de férias e de Natal foi reduzido. Por cá, o FMI só tem as duas últimas opções. Há ainda outras formas, mais duras de cortar nas despesas: não é de excluir novos cortes salariais na Função Pública. E para aumentar a competitividade da economia, o FMI pode mesmo obrigar o país a alterar o Código do Trabalho, permitindo assim cortes salariais também no sector privado. Uma ideia que os sindicatos nem querem ouvir falar, sobretudo porque ela pode abranger o salário mínimo. Opções não faltam e não estão aqui todas".

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