quarta-feira, abril 27, 2011

Empresas poderão abdicar dos "sites" para investir mais nas redes sociais

"As tecnologias estão a mudar o mundo, mas o mundo não está a acompanhar todas as mudanças que as tecnologias estão a provocar. Esta é uma das principais conclusões do estudo da Accenture "Vision 2011". A consultora observa que as empresas estão prestes a mudar o seu paradigma de negócio e perspectiva que grande parte abandone os seus "sites" para investir em plataformas como as redes sociais. O relatório "Accenture Technology Vision 2011" identifica oito tendências emergentes que vão desafiar os pressupostos sobre como as tecnologias estão a definir o ambiente empresarial. (ver texto ao lado). "O papel da tecnologia, enquanto mero suporte, está a mudar assumindo agora um lugar de destaque no desempenho do negócio", afirmou Gavin Michael, responsável mundial pelas áreas de I&D e Alianças da Accenture. O relatório aborda não só as questões relacionadas com os processos de negócios, o tratamento da informação e a segurança. A consultora antevê que as redes sociais serão transformadas em plataformas sociais ganhando ainda mais relevo no seio das empresas. De acordo com a mesma análise, "os 'sites' institucionais de muitas empresas podem vir a deixar de ser o primeiro ponto de contacto com clientes". Outra das principais tendências está relacionada com a computação na "nuvem", denominada "cloud computing". A Accenture defendeu que as "'nuvens híbridas' - software como um serviço e plataforma como um serviço em combinação com aplicações internas - vão reforçar o papel central das tecnologias no crescimento dos negócios". A segurança é ainda uma questão relevante no momento de tomar a decisão de adoptar este tipo de soluções. Quanto às aplicações, a consultora considera que também irão haver alterações significativas. " As plataformas vão ser escolhidas pela sua capacidade de gerir crescentes volumes de informação e pela complexidade da gestão de dados e não pela sua capacidade de suporte a aplicações", acrescentou. A transmissão de dados de forma permanente através de redes, em vez das tradicionais bases de dados, vai também ser uma das novas orientações das empresas. "Os executivos vão começar a encarar as aplicações como 'utilities' que estarão sempre disponíveis e ao seu alcance", afirmou Pedro Lopes, "partner" da Accenture responsável pela área de tecnologia em Portugal, em declarações ao Negócios. A segurança e a privacidade são duas temáticas também abordadas nesta análise. Para a consultora, "a ideia de que a arquitectura de TI tem de ser absolutamente intransponível está a dar lugar a uma segurança que responde proporcionalmente a ameaças". E a privacidade individual "vai tornar-se vital em resultado do aumento da regulação governamental". "Uma das descobertas mais interessantes foi que havia uma lacuna entre os gestores de negócios e os departamentos de tecnologias", concluiu Andrew Greenway, responsável pelo estudo por parte da Accenture, citado pela Computerworld. Os executivos vão começar a encarar as aplicações como "utilities" que estarão sempre disponíveis e ao seu alcance. Pedro Lopes Partner da Accenture Portugal(texto da jornalista do Jornal de Negócios Ana Torres Pereira, com a devida vénia). Leia aqui o estudo na íntegra.

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