quarta-feira, abril 06, 2011

E se o FMI entrar em Portugal? (antes da decisão...)

Segundo a SIC, "a História parece querer repetir-se: com novas personagens, uma nova realidade e o mesmo País. No final dos anos 70 e início dos anos 80 os economistas do FMI estiveram em Portugal. O país estava na bancarrota. Hoje, parece inevitável um resgate europeu e do FMI, na ordem dos 75 mil milhões de euros, dinheiro a ser emprestado de três em três meses. A SIC fez o percurso do aeroporto de Lisboa até ao Terreiro do Paço e antecipa o retrato que a equipa do FMI fará quando chegar. Nos anos 70 e 80 a equipa do FMI, por duas vezes, entrou pela Segunda Circular. Os anos passaram, mas, chegados a 2011, há imagens que permanecem. No país do turismo, o potencial económico de Portugal confunde-se com duras realidades, em pleno centro de Lisboa. Imagens que pesam quando o País está a ser analisado. Quando um país pede ajuda a Bruxelas e ao FMI, a equipa de técnicos apresenta medidas para sanear as finanças públicas e sugere ou impõe ao Governo que execute essas reformas. Mas há assuntos urgentes: como é o caso dos comboios, metro e outros transportes públicos, que podem parar nos próximos meses. Há empresas do Estado em falência técnica há anos, mas têm conseguido endividar-se porque o Estado é avalista. Agora, o Estado não pode fiar e essas empresas, a curto prazo, pura e simplesmente não têm dinheiro para pagar salários. FMI deverá investigar gastos com empresas públicas e municipais No percurso até às Finanças, a equipa do FMI até pode ir de Metro e sair junto ao Tejo. Se investigar, saberá que nesta e em tantas outras obras públicas houve derrapagens e alguém ganhou com os atrasos ou com contratos mal negociados.

Resgate financeiro chegará por tranches de três em três meses"

Pedir ajuda significa estar fora do mercado durante 5 anos", diz o Ministério das Finanças, mas na Praça do Comércio, a gente que passa talvez não tenha percebido do vendaval que assola as contas públicas.Na rua, o povo talvez não saiba que os empréstimos do FMI chegarão por tranches de três em três meses, se o país der provas que está mesmo a executar as medidas de austeridade. Trata-se, isso mesmo, de um novo e brutal aperto do cinto".

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