Li hoje no DN do Funchal que Baltazar Aguiar, líder regional do PND, terá feito referência, no acto de adesão à Plataforma eleitoral proposta pelo PS local, ao "mandato 'cassado' a Victor Feitas" tendo apelado aos demais partidos da oposição para desencadearem iniciativas políticas destinadas a repor o que ele disse ser a legalidade. A questão é simples: não estamos a falar de um deputado do PS? Não pode o PS apresentar quando entender uma declaração de renúncia assinada por Jaime Leandro - eventualmente o "usurpador" do lugar de Freitas - para que Vítor Freitas retome o seu lugar? Ou será que andam a querer fazer crer que a responsabilidade pela decisão é de terceiros e não do PS local? O que impede o PS de tomar internamente a iniciativa - há muito o poderia ter feito, caso seja sua pretensão colocar Freitas no parlamento e dele afastar Leandro - de "normalizar" a situação? O que se passou resultou, segundo creio de uma interpretação feita à legislação que não me cabe comentar. Tal como todas as interpretações são geradoras de polémica e dificilmente obtêm consensos. Mas se existe solidariedade interna no seio do PS local, se acham que Vítor Freitas foi prejudicado no seu direito de continuar a ser deputado regional - eu tenho a minha opinião pessoal sobre este assunto, que por isso mesmo vale o que valem todas as outras opiniões diferentes - o que impede que que o alegado deputado "usurpador" ele própria possa tomar a iniciativa de suspender o mandato permitindo que a situação se "normalize"? O que é que os partidos da oposição têm a ver com o assunto? O que é que o PSD tem a ver com o assunto? Em causa não está apenas saber se Jaime Leandro deve continuar deputado ou se ele está indevidamente a ocupar o lugar de Vitor Freitas, ambos do PS? Não estamos perante um assunto que pode ser resolvido internamente, no seio do próprio PS local?
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