Li no Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio
Azenha, que "o
ministro
das Finanças vai controlar as viagens de Paulo Portas ao estrangeiro. Com o
despacho assinado por Vítor Gaspar na segunda-feira, o ministro dos Negócios
Estrangeiros não poderá "assumir novos compromissos sem autorização prévia
do ministro de Estado e das Finanças", como frisa o despacho de Vítor Gaspar,
em deslocações e estadas. A decisão de Vítor Gaspar é uma consequência do
acórdão do Tribunal Constitucional, que implica um aumento da despesa pública
de 1,3 mil milhões de euros, mas surge também numa altura em que as viagens do
ministro dos Negócios Estrangeiros já envolveram, entre janeiro e 4 de abril,
encargos de 207 mil euros. O gabinete de Portas garante que a quase totalidade
dessa despesa foi financiada com uma verba, no valor de 180 mil euros,
proveniente de 2012 e que apenas gastou 27 mil euros do orçamento de 400 mil
euros para 2013. Só que, mesmo assim, diz que "foi pedido um reforço de
150 mil euros à Secretaria-Geral do ministério como medida preventiva, não
estando essa verba para já comprometida." Para cumprir o défice das contas
públicas de 5,5% acordado com a troika, Vítor Gaspar terá de controlar com
rigor a despesa pública. Como Portas tem tido uma agenda intensa no estrangeiro
e as suas relações pessoais com Vítor Gaspar estão longe de ser as melhores,
devido ao enorme aumento de impostos em 2013, tudo indica que o ministro das Finanças
queira pôr um travão às inúmeras deslocações de Paulo Portas ao estrangeiro. O
CM questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre o despacho de
Gaspar, mas, até ao fecho desta edição, não obteve resposta"