sexta-feira, abril 26, 2013

Barómetro: Socialistas perdem 8% dos votos num mês



Segundo o jornal I, num texto da jornalista Pedro Rainho, "o PS regista a maior queda neste barómetro. PSD recupera terreno face ao pior resultado histórico, registado no último mês. O barómetro i/Pitagórica revela que em conjunto PSD e PS conseguem pouco mais de 55% dos votos dos portugueses. É o valor mais baixo que os dois principais partidos reúnem desde o início do barómetro. O PSD até sobe, relativamente a Março, e o PS cai nada menos que 8 pontos. Mas são os partidos pequenos e sobretudo os votos em branco que encaixam a fuga de cruzes nos boletins atribuídos a socialistas e a sociais-democratas. Nesta sondagem, os socialistas, que no último mês tinham o melhor resultado de sempre (36,7% das preferências de voto), descem agora para os 28,6% - uma descida abrupta de 8 pontos em apenas um mês, e que acompanha o período em que o secretário-geral do PS, António José Seguro, viu ser debatida (e chumbada pela maioria) uma moção de censura ao governo. O mesmo momento político que Seguro usou para lançar para cima da mesa o tópico das eleições antecipadas. A quebra de confiança dos eleitores só tem paralelo com a perda de votos registada pelo PSD entre as eleições legislativas de 2011 e os primeiros barómetros, no final do ano passado. Em sentido contrário, o PSD recupera do choque registado no barómetro do mês de Março, quando registou o resultado mais baixo de sempre, com 25,7% das intenções de voto. A subida em Abril é de pouco mais de um ponto em relação ao resultado anterior (26,9%), mas, em termos comparativos, os sociais-democratas vêem o principal partido da oposição a apenas 1,7% de distância.
partidos pequenos sobem
O aparente esvaziamento de confiança nos partidos do centro teve uma consequência directa para as forças políticas com menor representação parlamentar: CDU, Bloco de Esquerda e até o CDS do governo da austeridade conseguem recuperar eleitores e ficar, sem excepção, acima dos resultados eleitorais alcançados nas legislativas de Junho de 2011. Na última sondagem os comunistas já “arranhavam” o máximo histórico dos 12% atribuídos em Janeiro deste ano. Com a exigência de demissão do governo a assumir o palco principal da CDU, a marca anterior foi agora ultrapassada, ao alcançar os 12,8% nas intenções de voto dos portugueses, 5 pontos acima do resultado conseguido nas últimas eleições. A recuperação do tombo eleitoral dos bloquistas em 2011 não tem sido constante, mas voltam a subir nas intenções de voto. O BE melhora os resultados e protagoniza, também ele, um novo patamar máximo de confiança eleitoral, com 8,7% das intenções de voto a serem atribuídas ao partido de João Semedo e Catarina Martins. Em sintonia com a oposição à esquerda, o CDS consegue, em Abril, refrescar a confiança dos eleitores no partido. Os centristas recolhem 12% das intenções de voto e ficam três décimas acima do resultado que, em Junho de 2011, apresentaram ao PSD para conseguir formar a maioria absoluta no parlamento. Com este resultado, o CDS é o segundo partido da oposição que mais reforça a sua posição eleitoral, a seguir à CDU.
brancos e nulos
Mas mais que qualquer dos partidos com assento parlamentar, é o número de eleitores que admitem votar branco ou nulo que mais sobe. Em Abril, 11% dos portugueses votam em protesto, mais 3,1% que em Março".