Se a ideia
prioritária é combater medo, associando
essa lógica ao reforço constante das cautelas preventivas e do cumprimento das
medidas sanitárias anunciadas desde o primeiro dia da chegada da pandemia a
Portugal, se a ideia é frontalidade que nada tem a ver com a teimosia idiota,
por exemplo, de não considerar o uso da máscara social como um primeiro passo
essencial no afrontar dos riscos de contaminação com o vírus, então claramente
falha o discurso oficial, falham as estratégias de comunicação, tendenciosas e
longe de corresponderem à realidade, falhas essas que foram denunciadas há dias
pelo ex-DGS, o prestigiado médico Constantino Sakellarides para quem não houve
uma ruptura na passagem para o desconfinamento.
Suspeito que a
classe política em Lisboa manipula a situação, condiciona a informação,
distorce a realidade, controla os canais de comunicação, afastando
especialistas, esconde factos que deviam ser divulgados, não tem a coragem de
tomar medidas mais concretas, não pode andar a pintar um quadro que ainda está longe de ser colorido. Os
dados mostram isso numa altura em que caminhamos, no mundo, para 10 milhões de
casos de doentes contaminados.
O que se passou
com a Liga dos Campeões de futebol é uma vergonha e a evolução recente,
dramática e perigosa, da situação em Lisboa, devia levar os clubes europeus a
recusarem a possibilidade de jogarem na
capital portuguesa caso a situação mantenha a tendência actual. Curiosamente no
Norte do país, onde são quase nulos os casos, existiriam melhores condições do
que em Lisboa mas a escolha da capital - a que se junta a suspeição de
manipulação dos dados, o que levou Marcelo Rebelo de Sousa a referir-se várias
vezes ao assunto, sem que seja levado a sério, diga-se em abono da verdade - é
a demonstração da manipulação da política e das negociatas desta com o complexo
e obscuro mundo do futebol, a começar pela UEFA e acabando na enigmática e
milionária FPF (LFM)
Sem comentários:
Enviar um comentário