segunda-feira, junho 29, 2020

Nota: retoma, turistas, nova mentalidade, etc e tal

Já todos percebemos que os meses de Julho e de Agosto serão dois meses decisivos para o nosso futuro, quer em termos sanitários, de evolução ou controlo da pandemia com o movimento aeroportuário normalizado, quer em termos de retoma económica, e de incentivo para percorrermos com confiança e convicção um longo caminho de recuperação que temos pela frente, e que precisamos percorrer depois do rasto de destruição e de desilusão deixado pela pandemia descontrolada que ainda persiste na sociedade e nas nossas vidas, condicionando tudo e todos.
Uma pandemia que impede que se levantem as guardas ou que deixemos de respeitar todas as medidas cautelares e de prevenção devidamente publicitadas e repetidamente recomendadas.
Julho e Agosto serão dois meses essenciais para o turismo regional, sem o qual a Madeira dificilmente terá a tão apregoada retoma económica que queremos e evitará um caos social de repercussões que é melhor nem imaginarmos, ainda por cima numa terra sem grandes recursos. Aliás Portugal e a Europa passam pelo mesmo, enfrentam esse mesmo desafio.
Mas para termos o turismo de novo não podemos estar com lirismos idiotas, nem dependermos todos de uns poucos pretensos iluminados que acham que só eles são os  detentores das verdades e das opões mais adequadas, não discutindo, não ouvindo, não falando com quem devem falar.
É tempo de abandonarem as reuniões por videoconferência e começarem a dar o exemplo, promovendo reuniões presenciais, colocando à volta  da mesa todas as entidades que directa ou indirectamente estão ligadas ao turismo e precisam ser chamadas e ser ouvidas.
Quando há grandes decisões a serem tomadas - veja-se o exemplo do próximo Conselho Europeu que terá que decidir em função das necessidades actuais dos estados-membros e da continuidade do projecto europeu, e que por esse motivo terá lugar em Bruxelas, abandonando a videoconferência - as pessoas precisam estar juntas, não distantes umas das outras. No caso do turismo na RAM chegamos inevitavelmente a esse momento, a esse tempo em que todas as partes precisam estar reunidas à volta da mesma mesa, não de outra forma.
Sem o envolvimento dos privados a retoma turística será uma ilusão. E o poder pode insistir em querer impor as suas perspectivas, as suas decisões que não irá longe. Vai seguramente bater de frente porque precisa de discutir tudo com os privados e abrir caminhos e restabelecer rotas numa lógica de partilha de ideias. Não sei se isso tem sido feito. A verdade é que poucas ou nenhumas notícias têm sido publicadas apontado nesse sentido. Não há uma cronologia de medidas até final de ano, mesmo que condicionadas pela evolução sanitária, sabe-se apenas que os privados isoladamente já decidiram reabrir hotéis de forma lenta e em função da resposta tímidas do mercado, mas pouco mais se sabe, nomeadamente em termos de perspectivas de tráfego de passageiros, promoções a pensar no fim-do-ano, retoma dos contactos com operadores, plano de acção promocional, quais as prioridades dessa promoção, como se compatibiliza a realidade sanitária com  a sua importância para o turismo regional no caso de alguns países europeus cuja evolução sanitária mostra ainda muitas dúvidas e preocupações, etc. Dois desses casos, Reino Unido e Suécia, a que se junta uma Alemanha que parece estar de novo a braços com o ressurgimento da pandemia, são exemplos disso mesmo. Qual o estado económico nos países geradores de fluxos turísticos na Europa? Qual o impacto da evolução preocupante da situação sanitária em Lisboa no eventual afastamento de turistas e na criação de obstáculos a qualquer promoção que seja perspectivada? E qual o papel da TAP neste turismo que pouco ou nada terá a ver com o que esta actividade era no passado recente?
É muito fácil, penso eu, retomar na construção civil uma obra parada pela pandemia. Ate admito que não seja, no caso de alguns, tão fácil como parecia, porque a incerteza marca presença no nosso quotidiano e o acesso ao crédito poderá não estar tão facilitado como no passado recente, isto no caso de alguns investidores e promotores.
Sem aviões e turistas não há retoma
Mas para termos turismo, precisamos de tanta coisa, de aviões a voar, de hotéis abertos, de operadores turísticos no terreno, de promoção agressiva e sustentada em termos da lógica dos mercados prioritários (numa retoma que será lenta e que no imediato assentará no fluxo turístico de mercados mais próximos e com facilidade de ligações) nos meios de comunicação social, etc. Deixo isso aos especialistas. Sei que eles não gostam que "estranhos" opinem sobre uma "quinta" que eles acham que é deles e só deles. Não me incomoda nada isso. Mas precisamos sobretudo, e isso é condição essencial, de garantia de segurança sanitária aos que nos procurarem, porque pensar o turismo hoje, como o faziam no ano passado, é utopia e absurdo. 
Duvido que as pessoas abandonem a segurança das suas casas nos seus países de residência para se dirigirem a destinos turísticos sem essas garantias de vigilância, sem a certeza de uma segurança sanitária (sempre relativa neste contexto) que será a chave de tudo. Duvido que os potenciais turistas aceitem correr o risco de infecção pelo vírus transformando em pesadelo, pela sua incúria e falta de rigor na escolha dos destinos, aquilo que deveriam ser dias de descanso e de desintoxicação mental, longe da pressão causada pela pandemia.
Mas mesmo como outsiders da tal "quinta" de acesso restrito, há questões, dúvidas, incertezas, que não hesitarei em suscitar sem a pretensão de querer "descobrir a pólvora":

- acho que o Funchal, a nossa cidade, mais do que retomar a confiança das pessoas e de combater o medo, tem que dar o exemplo em termos de cumprimento das regras sanitárias. A tolerância deve continua a valor mínimos porque estes tempos não são para caganças ridículas, exibicionismos idiotas ou “heróis” da trampa. Falo dos que acham que não estão obrigados a cumprir essas regras sanitárias em nome da defesa dos interesses da colectividade no seu todo;
- o Funchal, sobretudo aos fins-de-semana, precisa de animação nas ruas, de luz, ruído, música para que as pessoas se sintam envolvidas numa nova dinâmica. E temos artistas – há demasiado tempo parados e sem rendimentos que precisam ser ajudados e aceitarão envolver-se nesse projecto de animação. Mete dó ver uma cidade deserta, quase abandonada, fantasma diria eu. Basta dar uma volta pelo Funchal a partir das 21 horas;
- a retoma não é abrir cafés, restaurantes, espaços comerciais, lojas, etc, que depois não recebem clientes ou não conseguem ter um movimento de caixa que seja. Isso pode ser tudo o que quiserem chamar, mas certamente retoma não será. Porque é preciso não esquecer que muita gente perdeu rendimentos e que apesar dos apoios recebidos, incluindo as moratórias bancárias, a normalidade no emprego e nos salários ainda vai demorar, dizem que pelo menos um ano, e muitos são aqueles cidadãos que continuam a olhar com receio para o que possa acontecer, por não terem a certeza de que recuperarão os seus empregos e os seus rendimentos;
- acresce que os negócios precisam adaptar-se a um tempo novo, quer em termos de práticas no seu funcionamento, quer em termos de preços e de ofertas aos clientes, tornando-se aliciantes, mais do que porventura eram, torneando deste modo alguma relutância em tomarem medidas necessárias mas que exigem coragem e pragmatismo. Os restaurantes precisam de simplificar menus, de reduzir MESMO o espaço reservado aos clientes, serem exemplares na desinfeção dos espaços, terem novos serviços que antes não tinha, simplificar processos, adoptar novos preços, etc. Os cafés e bares terão que fazer o mesmo, porventura deverão rentabilizar os espaços ao ar livre por razões facilmente perceptíveis. Os centros comerciais porventura terão que repensar com as lojas o seu funcionamento e a ocupação de espaços, libertando as lojas de algum potencial atolamento que afasta clientes em vez de os atrair, valorizando mais do que faziam antes, as promoções ou de ofertas aos consumidores. As lojas com espaço menor, devem facilitar o acesso e circulação no seu interior para que as pessoas não olhem para elas com desconfiança e receio. Também as lojas comerciais de rua porventura precisam muito de tomar medidas adequadas a um tempo novo, tornar-se mais atractivas, apostando na proximidade, tudo isto à espera de uma normalidade que apenas a esperança de uma vacina já no final deste ano ou certamente em 2021 propiciará;
- quanto ao turismo, o que é que está a ser negociado, com quem, em termos de retoma das ligações aéreas? A imagem de Portugal no estrangeiro, vetado por mais de 12 países devido ao indicador estatístico (número de casos ou mortes por 100 mil habitantes, raramente usado entre nós, quiçá porque não interessava...), vai ajudar-nos? Com o agravar da situação sanitária em Lisboa, será que obrigar potenciais turistas a escalas na capital será opção recomendável? É essa a melhor solução? Estarão os turistas dispostos a isso?
- Mais. Quais as companhias low-cost que antes operavam para a Madeira e que estão neste momento encostadas, quais as que vão ficar paradas de vez, quais as que vão falir ou quais as que já pediram a insolvência? Como vamos substituir as ligações aéreas entre esses países geradores de turismo e a Madeira? Usando a TAP? Acreditam nisso? Será que alguém podia divulgar um estudo que mostrasse qual o peso de cada companhia no tráfego de passageiros entrados na RAM em 2019, um ano de normalidade? Por exemplo ficamos a saber que a TAP apenas foi responsável por 2 a 3% dos passageiros que em 2019 desembarcaram no Algarve, onde esmagadora maioria dos turistas chegam em companhias aéreas de baixo custo
-  e qual o futuro de muitas pequenas empresas prestadoras de serviços na área do turismo, que dependem exclusivamente da pujança do sector, e que estão hoje confrontadas não apenas com uma queda inevitável de turistas desembarcados, mas com a obrigação de cumprimento de regras sanitárias que obrigarão a investimentos, a mais pessoas ao serviço e a uma transformação da sua oferta. Veja-se o que se passa com companhias de aluguer de veículos em dificuldade ou falência, com empresas de transferes de turistas que passam a ter limitação de lugares e que por isso precisam de mais automóveis e mais pessoas ao serviço à medida que a procura for crescendo.

- Posso ainda falar, por exemplo, dos autocarros de excursões que certamente passarão a ter limitações de lugares, dos pequenos automóveis que no caso da RAM transportavam com lotação máxima turistas para as levadas ou para passeios pelas serras, dos barcos que propiciam actividades náuticas aos turistas e cuja lotação vai ser necessariamente revistas e limitada, etc

- Posso ainda falar dos restaurantes e dos hotéis que precisam manter com rigor as normas desinfeção de instalações, de higiene e de distanciamento social, pelo que não só o espaço disponível será menor - o que obrigará a um refazer de horários de funcionamento, a uma mudança e simplificação da oferta, incluindo menus, e a novos modelos de gestão do pessoal - como a oferta de serviços deverá alterar-se. Desconheço se os pequenos espaços, no caso de bares e restaurantes, terão condições para continuarem abertos caso não tenham espaços exteriores adicionais. Desconheço se os turistas futuros quando escolherem um hotel continuarão a procurar no exterior - refeições, excursões ou animação - ou se os hotéis serão cada vez mais pressionados a responderem a uma procura diferente, integral, algo que antes não faziam de forma tão convicta por opção dos próprios e para viabilizarem partilha de serviços. Concretamente: os turistas que ficarem em hotéis ou no alojamento local, vão continuar a consumir refeições nos restaurantes, ou optarão por fazê-lo quer nos hotéis escolhidos, quer nos alojamentos locais, comprando tudo para uma produção de refeições dentro de portas? Tal como referi, são mais as dúvidas e incertezas que respostas
- poderia ainda fala nos jantares ou almoços promovidos por operadores turísticos na RAM com direito a folclore. O que vai ter que mudar a esse nível, desde a ocupação do espaço à oferta de serviços, passando pelo transporte de turistas!!! Acho melhor nem especular sobre essa matéria, mesmo sendo mais do que evidente que até uma normalidade efectiva, em termos de segurança sanitária, nada será como antes, nada mesmo. E as pessoas que não entenderem isso não vão resistir.
Tudo tem a ver apenas e só com o turista, com a sua escolha e decisão
Nunca me canso de o referir: não vale a pena cada um de nós andarmos a chegar a conclusões ou a suscitar dúvidas por muito lógicas e legítimas que sejam. O problema do turismo no caso da RAM, palavra de um curioso, os desafios mais importantes no quadro do futuro do nosso turismo, residem apenas e só numa pessoa, no turista, na sua vontade, nas suas escolhas, nas suas disponibilidades para viajar e numa opção que apenas a ele cabe: vir ou não vir à Madeira e, caso venha, usar os serviços que lhes oferecem sem ter garantias de que não corre riscos de infecção. Se assim for ele não virá.
Porque não tenhamos ilusões: não há países nem regiões imunes ao vírus, não há espaço a tretas quanto a isso, e com a abertura do nosso aeroporto e o incremento das chegadas do exterior, mesmo com os testes - que os especialistas garantem que não são garantia de segurança sanitária nenhuma, apenas  indicam um determinado estado clínico de uma pessoa num dado momento ou num pequeno espaço temporal - vamos ter inevitavelmente mais casos (será milagre o contrário), embora eu tenha hoje a certeza reforçada de que o Serviço Regional de Saúde e os privados, estão hoje dotados de meios e de condições de resposta que no início da pandemia provavelmente não tinham, a começar pelo material disponibilizado aos profissionais de saúde e capacidade de testar.
Vamos, portanto, ter esperança, confiar na nossa capacidade colectiva, na nossa inteligência, na nossa necessidade de nos defendermos e defendermos esta terra. Sem tolerâncias com quem não cumpre e é um perigoso para todos os restantes, sem fecharmos os olhos quando tivermos que denunciar ou solicitar a intervenção das autoridades policiais competentes. A tolerância abre porta à permissividade e a permissividade arrasta consigo situações perigosas que nestes tempos de pandemia que queremos combater.
Duas notícias estranhamente...avisadoras
Entretanto, já esta semana, confrontei-me com duas notícias que acabaram por ser estranhamente avisadoras de que este processo – a retoma do turismo - pode ser mais lento do que se pensa e demorar muito mais tempo do que aquilo que muitos esperam.
A primeira dessas notícias dava conta…
Portugal já não é visto lá fora como um milagre na luta contra o COVID-19 e o aumento do número de casos confirmados leva alguns países a pensar duas vezes antes de abrirem as suas fronteiras a viajantes portugueses. No sentido inverso, a preocupação também tem consequências: os estrangeiros parecem temer uma visita a Portugal.
«Ou isto é controlado rapidamente ou o Verão vai ao ar. Começámos bem, mas claramente a epidemia está a correr mal», afirma Pedro Lopes, administrador do Grupo Pestana no Algarve. Citado pelo jornal Expresso, indica que o nível de reservas por parte de portugueses é positivo, «mas não é suficiente».
Segundo o responsável, as reservas dos ingleses ainda são «muito poucas» e se a quarentena para Portugal se mantiver, o cenário poderá ser ainda pior: «Significa dar-nos um cartão vermelho e o mercado britânico para nós é fundamental.» No geral, a indústria aguarda pela retoma da actividade aérea para que os números possam melhorar.
De acordo com a mesma publicação, os hotéis estão a ver canceladas reservas que já estavam feitas para Julho e Agosto. O voto de confiança depositado está a cair por terra, mas isso também significa que tudo pode voltar a mudar com a mesma rapidez caso a taxa de infecção em Portugal melhore.
«Estávamos com algum optimismo para o segundo semestre, mas a expectativa dos hoteleiros voltou a ser baixíssima», adianta ainda Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Ao Expresso, sublinha que a situação que levou a decretar medidas excepcionais para a Área Metropolitana de Lisboa foi «um balde de água fria», uma vez que «estavam a ser preparados nos hotéis para este Verão alguns eventos internacionais de menor dimensão, que estão a sofrer cancelamentos e quedas abruptas».
O mês de maio confirmou a paralisação do mercado de Alojamento Local (AL), com as taxas médias de ocupação neste tipo de alojamento a atingirem os 5% em Lisboa e os 3% no Porto, segundo apontam os  mais recentes dados da Confidencial Imobiliário, no âmbito do SIR-Alojamento Local, divulgados este segunda-feira.
Esta análise mostra ainda que, mesmo incluindo alguns dias de desconfinamento, maio agravou os já baixos níveis de ocupação observados em abril, altura em que Lisboa registou uma taxa média de ocupação de 10% e o Porto de 11%.
Em maio de 2019 a ocupação média em Lisboa foi de 73% e no Porto de 66%. Em março, a ocupação média do AL nas duas cidades rondou os 40%, refletindo ainda a dinâmica de um mês que combinou períodos pré e pós-Covid-19”.
A segunda, mais recente, confirmou o que acho que ninguém duvidava, quanto às mudanças do comportamento e dos consumos dos portugueses:
A maioria dos portugueses (60%) ainda não voltou a comer em restaurantes, revelam os dados do mais recente barómetro da Intercampus para o CM. Apenas 39% dos inquiridos o fizeram. O Centro é a região do País com uma retoma mais lenta: 64,6% ficaram em casa à hora da refeição. No Algarve, região com melhores indicadores, a população dividiu-se (50%) quanto ao regresso aos restaurantes. No conjunto do território nacional, são os cidadãos na faixa etária entre os 35 e os 54 anos de idade a mostrar maior confiança no setor, com 54,1% dos inquiridos a indicar já ter feito refeições fora de casa. No grupo etário dos 55 e mais anos, 65,4% ainda não se sentou à mesa de um restaurante após o desconfinamento. Uma percentagem significativa dos portugueses (mais de 40%) não pensa voltar a espaços de restauração, com regularidade, num futuro próximo. A maior parte (56,2%) dos homens tem planos para regressar, enquanto apenas 40,6% das mulheres diz que sim a ir ao restaurante. As razões são duas: medo do contágio (48%) e razões económicas (44%). Apenas 38,3% dos inquiridos nos 55+ dizem ter receio. Em nenhum outro grupo etário o valor é tão baixo”
O povo que depois decida e escolha
É por causa de tudo isto, conjugado, que sou apologista do diálogo, da troca de ideias e de opiniões, da partilha de sugestões, sem imposições, sem iluminados, sem donos da verdade absoluta e única. Os desafios que estão em cima da mesa, perante o rasto de destruição social, económica e mesmo sanitária, deixado pela pandemia, e ainda não controlado, exige o pragmatismo de construirmos pontes e de viabilizarmos diálogos e consensos, também na política, sobretudo na política, sob pena da opinião pública,  quando esse tempo chegar, arrasar quem esteve mais preocupado em fomentar instabilidade, em valorizar guerras partidárias ou defender interesses pessoais,  com recurso a idiotices e  politiquices rascas e rafeiras, em vez de empenhadamente procurarem caminhos novos e comuns, num tempo desafiante e diferente, que garanta resultados concretos e não em conduzir-nos por atalhos sem saída, apena porque recusaram a procura de soluções para os nossos problemas comuns, com base numa actuação concertada e eficaz.
Caberá depois ao povo, sem manipulação e sem deixar-se influenciar por patetices mediáticas fabricadas nos subterrâneos mais porcos da política, decidir por si, no momento próprio, separando quem esteve com ele ou contra ele, quem se empenhou e quem nos enganou e tramou. E depois agir e decidir em conformidade, castigando quem não merece perdão. Política é isso mesmo, sempre foi isso (LFM)


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